ATAQUE

Explosões são registradas em ato com Lula na Cinelândia

Ex-presidente ainda não tinha subido ao palco quando artefatos explosivos foram lançados; ninguém ficou ferido

Ato com Lula na Cinelândia (RJ).Créditos: Ian Ribeiro
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Explosões foram registradas durante o ato político que o ex-presidente Lula (PT) realizado nesta quinta-feira (7) na Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ). 

Segundo testemunhas, o artefato foi lançado da parte de fora da área onde está o público, cercada por grades, e explodiu no chão, próximo às pessoas que prestigiavam o evento. Ninguém ficou ferido e Lula ainda não tinha subido ao palco. 

De acordo com pessoas que presenciaram a cena, foram três explosões. Informações iniciais dão conta de que o explosivo continha um líquido marrom, provavelmente fezes, informação que foi negada pela assessoria de Lula. 

A apresentadora do ato, ao ver a explosão, pediu calma e afirmou que o evento contava com segurança. O público, então, começou a entoar gritos contra Jair Bolsonaro (PL)

Fogos de artifício

A assessoria de Lula informou após a repercussão do caso que o que foi lançado, na verdade, não foi uma bomba caseira, e sim fogos de artifício. A equipe do ex-presidente ressaltou, ainda, que não havia fezes no explosivo e reforçou que o ataque não deixou ninguém ferido. 

Segurança reforçada 

O evento, que reúne cerca de 50 mil pessoas, conta com um esquema de segurança próprio e reforçado para garantir a integridade do ex-presidente sem abrir mão de um ato público.

Grades foram instaladas na Cinelândia e um detector de metal foi utilizado para controlar a entrada do público no espaço. Não foi permitida entrada com alimentos, garrafas, embalagens plásticas e de alumínio, objetos perfurantes e vidro. Somente bandeiras com cabo de PVC foram liberadas.

Segundo ataque em menos um mês 

O explosivo lançado contra o ato de Lula na Cinelândia já representa o segundo ataque contra eventos do ex-presidente em menos de um mês

Em 15 de junho, apoiadores do petista que aguardavam o início de um ato político em Uberlândia (MG) com Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato do governo de Minas Gerais, foram surpreendido por um drone que sobrevoou o local jogando um líquido fétido no público presente

A presença do drone de pulverização - usado normalmente para agricultura - provocou uma correria no local. Segundo o jornal O Tempo, alguns militantes tentaram arremessar pedras e pedaços de pau no aparelho para derrubá-lo, mas foram impedidos por seguranças. Jornalistas também foram atingidos pelo drone.

O bolsonarista Rodrigo Luiz Parreira, autor do ataque usando, foi preso no último sábado (2) a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Parreira, no entanto, foi preso por outro crime: aquisição irregular de arma de fogo. Ele está preso no Presídio Uberlândia 1.