ATAQUE

Homem que atirou explosivo contra ato de Lula na Cinelândia é preso

Segundo equipe do ex-presidente, ataque foi feito com fogos de artifício, e não bomba caseira como se informou inicialmente

Ato com Lula na Cinelândia (RJ).Créditos: Mídia Ninja
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A assessoria do ex-presidente Lula (PT), bem como a Polícia Militar do Rio de Janeiro, informaram na noite desta terça-feira (7) que o suspeito de ter atirado um artefato explosivo contra o ato político do petista na Cinelândia foi preso

"Um homem infiltrado no ato da Cinelândia arremessou um artefato explosivo de festas juninas para o interior da área cercada pelo palco. Ao fugir, foi detido por policiais do 5º Batalhão da Polícia Militar e conduzido para a 5ª DP", diz comunicado da corporação, que informa ainda que 3 testemunhas acompanharam o registro da ocorrência. 

A informação inicial era de que uma bomba caseira foi atirada da parte de fora da área cercada em direção ao público do ato. A assessoria de Lula, no entanto, diz que o artefato era, na verdade, fogos de artifícios, e que não continha fezes como também se informou inicialmente.

Ninguém ficou ferido e a equipe do petista, que não tinha subido ao palco quando o explosivo foi lançado, garante que não houve tumulto. 

Segurança reforçada 

O evento, que reuniu cerca de 50 mil pessoas, contou com um esquema de segurança próprio e reforçado para garantir a integridade do ex-presidente sem abrir mão de um ato público.

Grades foram instaladas na Cinelândia e um detector de metal foi utilizado para controlar a entrada do público no espaço. Não foi permitida entrada com alimentos, garrafas, embalagens plásticas e de alumínio, objetos perfurantes e vidro. Somente bandeiras com cabo de PVC foram liberadas.

Segundo ataque em menos um mês 

O explosivo lançado contra o ato de Lula na Cinelândia já representa o segundo ataque contra eventos do ex-presidente em menos de um mês

Em 15 de junho, apoiadores do petista que aguardavam o início de um ato político em Uberlândia (MG) com Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato do governo de Minas Gerais, foram surpreendido por um drone que sobrevoou o local jogando um líquido fétido no público presente

A presença do drone de pulverização - usado normalmente para agricultura - provocou uma correria no local. Segundo o jornal O Tempo, alguns militantes tentaram arremessar pedras e pedaços de pau no aparelho para derrubá-lo, mas foram impedidos por seguranças. Jornalistas também foram atingidos pelo drone.

O bolsonarista Rodrigo Luiz Parreira, autor do ataque, foi preso no último sábado (2) a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Parreira, no entanto, foi preso por outro crime: aquisição irregular de arma de fogo. Ele está preso no Presídio Uberlândia 1.