A deputada estadual por Goiás, Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), candidata a deputada federal, sofreu ameaças de morte. Em uma publicação feita pela parlamentar no Facebook, o comentário de um usuário despertou atenção: “Quero saber o dia do seu velório”.
O autor da ameaça tem no perfil uma foto ao lado de Jair Bolsonaro (PL) e se diz morador de Senador Canedo, município que se localiza a 28 quilômetros da capital Goiânia.
A parlamentar notificou a Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).
A Polícia Civil investigará as denúncias, de acordo com Adriana. “Goiás é um ambiente mais difícil para mulheres participarem da política, o que se reflete na pouca participação feminina nos pleitos. Ainda assim, eu vejo que essa violência é insuflada pelas autoridades nacionais e tem acontecido em todo o país”, declarou a parlamentar, em entrevista a Théo Mariano, no Estado de S. Paulo.
Não é a primeira ameaça
Em 2021, as filhas de Adriana foram mencionadas em comentários ameaçadores nas redes sociais. Em 2020, ela registrou boletim de ocorrência (BO), depois que mensagens também ameaçadoras no Instagram: “Não existe policial esquerdista", "Sua família é fácil de ser encontrada" e “Comunista (sic) já comprou caixão da Verônica e da Helena?", citando as filhas da deputada.
Um levantamento feito pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral (OVPE), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra que, no primeiro semestre de 2022, foram registrados 224 casos de violência contra lideranças políticas.
Os pesquisadores apontam que o tipo mais frequente de violência tem sido a ameaça, que representou 36,6% dos casos relatados entre abril e junho deste ano. Depois aparecem agressões (26,7%).