ELEIÇÕES 2022

Randolfe vai à Justiça contra mudança no 7 de setembro ordenada por Bolsonaro

O senador é contra iniciativa do presidente, que encarregou o Exército de alterar o local do desfile para transformá-lo em ato político

Randolfe: "O Exército pertence à Nação, não ao inquilino de plantão da Presidência".Créditos: Antonio Cruz/Agência Brasil
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou as redes sociais para anunciar que vai recorrer à Justiça contra a decisão de Jair Bolsonaro (PL). O presidente encarregou o Exército de mudar o local do desfile de 7 de setembro.

O chefe do Executivo quer transformar a comemoração dos 200 anos da Independência em ato político contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o sistema eleitoral. Por isso, ordenou a mudança da Avenida Presidente Vargas, como de costume, para a Praia de Copacabana, local já tradicional de ocorrência de manifestações bolsonaristas.

“O Exército pertence à Nação, não ao inquilino de plantão da Presidência! Os 200 Anos de Nação Independente foi forjado pelo nosso povo e não por fascistas como você, Bolsonaro! Vamos representar judicialmente para impedir essa mudança de local”, publicou Randolfe.

Em 7 de setembro, a menos de um mês das eleições, Bolsonaro levará o desfile para seu reduto no Rio. O anúncio veio em um momento em que o atual mandatário se sente pressionado pelas pesquisas de opinião que dão como provável a vitória do ex-presidente Lula (PT).

Além disso, após seus inúmeros ataques ao STF e ao sistema eleitoral brasileiro, o presidente viu uma enxurrada de retiradas de apoio, sobretudo de setores das elites econômicas, como a Febraban e a Fiesp, e de caciques políticos que outrora o apoiaram.

Bolsonaro aposta no desfile de 7 de setembro como grande evento mobilizador

A campanha de Bolsonaro aposta no desfile como um grande evento mobilizador, sobretudo aos setores mais radicalizados que se identificam com ideias de “patriotismo” oriundas do período da ditadura militar iniciada em 1964.

Na convenção nacional do PL, onde oficializou sua candidatura, o próprio presidente convocou seus apoiadores para ocuparem as ruas no próximo 7 de setembro “pela última vez”. Em seguida, realizou seus já rotineiros ataques ao STF e ao sistema eleitoral.