ENQUADRO

VÍDEO: Glauber Braga manda Eduardo Bolsonaro calar a boca no plenário da Câmara

Deputado do PSOL falava sobre projeto de lei que impede a saída de presos em regime semiaberto para estudar quando foi interrompido por Eduardo. "Aqui você não é o filho do presidente, não"; assista

Glauber Braga manda Eduardo Bolsonaro calar a boca no plenário da Câmara.Créditos: Câmara dos Deputados/Divulgação
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O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) voltou a subir o tom contra um adversário político na Câmara. Protagonista de cenas famosas no Congresso Nacional, como quando chamou Eduardo Cunha de "gangster" e Sergio Moro de "juiz ladrão", desta vez Glauber reagiu a uma tentativa de interrupção do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

Em sessão no plenário na quarta-feira (4), o parlamentar do PSOL falava criticava o projeto de lei aprovado que impede a saída de presos em regime semiaberto para estudar e trabalhar quando Eduardo tentou o interromper. 

"Cala a boca que a agora eu estou falando. Cala boca, que aqui você não é o filho do presidente da República, não", disparou Glauber. 

Depois, na tribuna, o deputado pediu desculpas pelo gesto, mas explicou sua posição sobre o tema e, inclusive, disse que defenderia a saída de presos para estudar mesmo que esses presos sejam o presidente Jair Bolsonaro (PL) e um de seus filhos

"Eu de fato sou uma pessoa com muitas falhas, cometo muitos erros, na vida a gente tem arroubo, tem raiva, e eu sou assim porque sou um ser humano. Mas o Estado deve ser racional. Então vamos pensar em uma possibilidade bem concreta do ponto de vista estatal. Está ali o deputado Eduardo Bolsonaro. O pai dele e o irmão dele, ao que tudo indica, vão ser presos. Por tudo aquilo que têm feito. E aí eu pergunto: do ponto de vista pessoal, eu gostaria que eles, no cumprimento do semiaberto, viessem a ter a possibilidade de sair pra visitar um ao outro, de uma unidade prisional a outra? Eu, pessoalmente, como ser humano falho, digo para vocês, intimamente, que não tem que ter essa visita. Mas o Estado tem que ser racional", declarou. 

"A minha raiva, a minha indignação, não podem substituir o que é o Estado (...) Mas ele pode ter o direito de trabalhar e estudar depois de estar numa unidade prisional? Do ponto de vista estatal, sim", prosseguiu Glauber. 

Assista à cena