TOCANTINS SEM ‘PROJETO’

Vanderlei Luxemburgo não será mais candidato ao Senado pelo PSB do Tocantins

Luxa é removido do quadro de candidatos por não ter sido aprovado em reunião do diretório do partido e desabafa nas redes sociais: “postura ditatorial e rasteira”

Luxemburgo em entrevista para imprensa durante sua passagem pelo Atlético Mineiro em 2010. Créditos: BRUNO CANTINI / Clube Atlético Mineiro
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Em reunião realizada na tarde desta sexta-feira (5), o diretório estadual do PSB de Tocantins optou por aprovar a candidatura ao Senado do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha. Com a decisão, o vitorioso técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo, hoje sem clube, que pleiteava uma candidatura, ficará de fora das partidas finais das eleições deste ano.

Indignado com a negativa, Luxa publicou, ao seu estilo bastante característico e conhecido do futebol, uma “carta aberta ao povo tocantinense” na qual classificou sua derrota interna como uma “postura ditatorial e rasteira”. Ele alega que não teria sido chamado para discutir mudanças na chapa e que não sabe em que momento começou a ser descartado pelo partido.

O técnico multicampeão por Palmeiras, Corinthians, Santos e Cruzeiro conta que chegou ao Tocantins há 18 anos e que naquele momento teria se encantado com o local e decidido viver na capital Palmas, onde considerou uma “terra de muitas oportunidades”. Quando entrou no PSB seis meses atrás, movido por sentimentos cidadãos, Luxa acreditava que poderia se candidatar ao que quisesse. Também diz que sua candidatura ao Senado teve o aval da presidência estadual do partido.

"Estive em Brasília diversas vezes, com os presidentes nacional e estadual e tudo parecia certo para esse projeto. Quando a mudança começou a ser cogitada, não houve diálogo, houve pressão. Durante as últimas semanas fui instigado a declinar da candidatura, mudar para deputado federal e inclusive, abrir mão do fundo eleitoral”, afirma Luxa na carta. Ele também acusou o partido de ter sido “completamente antidemocrático” e jogou dúvidas sobre a legitimidade da reunião desta sexta-feira.

Luxa finalizou a carta afirmando que não concorrerá a nenhum outro cargo e que irá à Justiça contra a decisão do partido. Já Carlos Siqueira, presidente do partido, disse para a imprensa que esse tipo de revés sofrido por Luxa seria natural da “vida democrática”.

Segundo as pesquisas do Instituto Real Time Big Data, divulgado na última quarta (3), Luxa estaria em empate técnico com outros três candidatos, entre 8% e os 13% de intenção de votos. São eles a senadora Kátia Abreu (PP), o ex-governador do Estado Mauro Carlesse (Agir36) e o ex-senador Ataídes Oliveira (PROS).