Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que usar o Bicentenário da Independência para repetir ataques contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e para espalhar teorias da conspiração sobre o sistema eletrônico de votação pode ser prejudicial para a campanha à reeleição do presidente.
O general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa, foi escalado para ter uma conversa mais detalhada com Bolsonaro sobre o tema.
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De acordo com reportagem e Marianna Holanda e Matheus Teixeira na Folha, aliados reconhecem que é impossível prever o que pensa ou pretende o chefe do Executivo. Eles lembram também que há auxiliares próximos de Bolsonaro que gostam de reforçar seu comportamento de ataques a magistrados e às instituições, principalmente aqueles que compõem a ala ideológica.
Reunião com embaixadores
Um dos exemplos citados por eles é a reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em 18 de julho, em que Bolsonaro detonou mais uma vez a urna eletrônica e colocou em xeque a lisura do pleito. O fato gerou uma série de reações negativas ao presidente e seu governo, como manifestações contrárias da cúpula do Judiciário, de servidores de diversos órgãos do governo e até mesmo de governos estrangeiros.
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Se Bolsonaro repetir no Sete de Setembro a receita golpista oferecida aos diplomatas estrangeiros, aliados alertam que pode não haver tempo hábil de reverter a possível rejeição ou as consequências de uma nova crise institucional que o episódio tem potencial de gerar.
Uma parcela dos estrategistas envolvidos na reeleição de Bolsonaro avalia que o discurso golpista não traz votos para o mandatário, que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.
Com informações da Folha