Em vídeo de campanha divulgado nesta sexta-feira (9), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT), se pronunciou sobre vídeos antigos com críticas que fazia ao ex-presidente e que vêm sendo utilizados por adversários para atacar o petista.
Jair Bolsonaro (PL) chegou a incluir um desses vídeos em seu horário eleitoral na televisão. Trata-se de uma fala de Alckmin, da campanha presidencial de 2018, em que fala sobre "corrupção" de Lula. Ao final do vídeo, o programa eleitoral de Bolsonaro traz a frase: "se até o vice do Lula pensa assim, como é que eu vou confiar nele?".
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Em resposta, Alckmin afirma que suas falas estão sendo utilizadas por Bolsonaro "para confundir o povo". "Naquela época muitos de nós fomos iludidos por um julgamento que depois a própria justiça anulou porque foi parcial e suspeito. Hoje está provado que Lula foi preso injustamente", diz o ex-governador, que ainda cobra Bolsonaro a explicar os 51 imóveis comprados por seus familiares com dinheiro vivo.
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Ciro usa a mesma estratégia de Bolsonaro
O vídeo de resposta de Alckmin foi divulgado poucas horas após outro candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), utilizar a mesma estratégia de Jair Bolsonaro: veicular antigas críticas do ex-governador a Lula como forma de atacar a campanha petista.
Através das redes sociais, Ciro publicou um vídeo antigo em que Alckmin afirma que "Lula é a cara do PT" e que o partido "é envolvido em corrupção" e ainda escreveu: "Lula, veja as consequências de se aliar com difamadores radicais, que vivem cantando o hino da Internacional Socialista!"
Ação no TSE
Na quarta-feira (7), Alckmin protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma ação contra a campanha de Jair Bolsonaro (PL) contra o uso de vídeos com antigas críticas a Lula.
Segundo a representação do ex-governador, Bolsonaro faz "propaganda maliciosa, que descontextualiza sem qualquer prurido antiga gravação alusiva à campanha de 2018 para o nítido propósito de confundir o eleitor, dando a entender que a opinião emitida pelo requerente seria atual e que, na verdade, ele não é partidário de seu companheiro de chapa”.