APURAÇÃO

O que pode acontecer com policiais golpistas que fizeram selfie com água de coco

Comportamento vergonhoso de alguns agentes da PM-DF que colaboraram com os ataques terroristas em Brasília está sob investigação

Imagem de policiais tirando selfies durante ataque terrorista em Brasília.Créditos: Reprodução
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Alguns integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) adotaram um comportamento vergonhoso, no domingo (8), inclusive colaborando e até confraternizando com os golpistas que atacaram as sedes dos três poderes, em Brasília. Imagens mostram agentes tirando selfies e até comprando água de coco, enquanto vândalos bolsonaristas invadiam Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

As investigações a respeito da conduta desses policiais estão em andamento. Porém, eles podem ser punidos, até mesmo, com exoneração, ou seja, dispensa do cargo público.

Além disso, os agentes também podem ser presos, caso seja comprovado que eles infringiram o regulamento do Código Militar.

Veja algumas infrações do Código Militar:

-Deixar de desempenhar missão confiada ao militar. Pena: detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. A punição aumenta se o agente tinha função de comando.

-Deixar de manter a força sob seu comando em estado de eficiência (válido para o comandante). Pena: suspensão do exercício do posto, de seis meses a um ano.

-Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, um ato para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Pena: detenção, de seis meses a dois anos.

-Deixar, por negligência, de observar a lei, favorecendo um ato com dano à administração militar: Pena: suspensão do exercício do posto ou cargo, de três a seis meses.

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Exoneração e afastamento

Depois dos ataques terroristas, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), decidiu pela exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O AGU pediu a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, o próprio Ibaneis também foi afastado do cargo, em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Com informações do UOL.