O perfil oficial do governo de Minas Gerais, chefiado pelo governador Romeu Zema (Novo), foi às redes sociais no último dia 21 de abril (sexta-feira), data que homenageia Tiradentes e a Inconfidência Mineira, para falar um absurdo inacreditável sobre a data comemorada em todo o país e que traz orgulho aos mineiros.
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Para Zema, a Inconfidência Mineira ocorrida no século XVIII seria um movimento golpista contra a monarquia portuguesa que governava o Brasil, por conta de uma política fiscal que desfavorecia os mineiros em detrimento da então capital, o Rio de Janeiro.
“Temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Joaquim José da Silva Xavier, que se tornou o Mártir Tiradentes, ao receber a pena mais dura, em 21 de abril de 1792”, diz a publicação.
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Como bem lembrou a jornalista Miriam Leitão, em postagem que traz um print da publicação original, os inconfidentes não cometeram quaisquer crimes, a não ser aqueles previstos pelo regime colonial.
A publicação, na verdade, buscava exaltar Tiradentes e a Inconfidência Mineira na data que a celebra. A ideia era falar sobre a “liberdade”, ou melhor, a independência do Brasil, que começava a ser gestada em movimentos como o de Minas Gerais e seria concretizada décadas depois. No entanto, a frase infeliz de que a Inconfidência Mineira seria um movimento golpista, e não revolucionário ou libertador, descaracterizou a ideia inicial e agora deve entrar para a lista de gafes do governador mineiro em relação ao seu próprio estado.
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