A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (17) uma nova etapa da Operação Lesa Pátria, que visa enquadrar todos os envolvidos na tentativa de golpe de Estado realizada em 8 de janeiro deste ano.
Na operação de hoje, o foco são os articuladores do golpe que, por meio do código "Festa da Selma", espalhavam coordenações e orientavam as pessoas sobre como se portar no dia do golpe.
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Segundo a investigação da PF, o termo "Festa da Selma" foi utilizado para convidar e organizar o transporte para as invasões, e também serviu para compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão dos prédios dos Três Poderes: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
Além disso, o termo "Festa da Selma" foi usado para que outras pessoas também repassassem instruções, como não levar idosos e crianças, e se preparar para enfrentar a polícia.
Também foi descoberto que os termos mais utilizados pelos organizadores da "Festa da Selma" eram: "guerra", "ocupar o Congresso" e "derrubar o governo constituído".
Ato 18: A Festa de Selma
O chamado movimento "A Festa de Selma" é tema do segundo episódio do documentário "Ato 18: O golpe contra Lula", produzido pela Revista Fórum e dirigido pelo jornalista Luiz Carlos Azenha.
À Fórum, Azenha explica outros códigos que foram utilizados pelos organizadores da "Festa da Selma" e que simbolizavam o golpe.
"O curioso é que um dos perfis que propagaram a Festa da Selma no Telegram se chamava 'Caça e Pesca'. Fizeram de tudo para não chamar atenção na época, mas houve postagens deixando claro que o local onde ficaria o ‘bolo’ era a Praça dos Três Poderes. Em outras palavras, isso caracteriza planejamento antecipado", explica Luiz Carlos Azenha.
Assista abaixo ao segundo episódio do documentário da Revista Fórum sobre a tentativa de golpe, "A Festa de Selma":