O empresário e ex-deputado estadual pelo Paraná, Tony Garcia, será ouvido na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em 18 de agosto, por ordem do ministro Dias Toffoli. Ele acusa o ex-juiz Sergio Moro, atualmente senador pelo União Brasil paranaense, de crimes durante a condução da operação Lava Jato.
Anteriormente, Garcia foi réu por envolvimento em fraude no Consórcio Nacional Garibald, no qual era sócio. Em 2006, foi condenado e ficou preso por 81 dias. Agora, ele afirma ter sido utilizado por Moro e pelos procuradores do Ministério Público Federal, em Curitiba, para espionar e gravar outros investigados.
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Em julho, Tony Garcia divulgou nas redes sociais um áudio de uma suposta gravação de uma conversa com o ex-juiz, na qual falam sobre a sentença que Moro daria a ele.
Tony Garcia será ouvido pela Polícia Federal (PF), onde promete esclarecer as acusações, apresentar documentos e detalhes sobre as denúncias que fez, indicando encontros e conversas de Sergio Moro com membros do Ministério Público que podem ter resultado em acordos de delação premiada direcionados.
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Moro nega todas as acusações feitas por Tony Garcia.
Festa da cueca
Em áudio publicado no dia 13 de julho no Twitter, o delator Tony Garcia, que trabalhou como "agente infiltrado" de Sérgio Moro durante o período da Lava Jato, mostra uma conversa com procuradores do Ministério Público Federal sobre a famosa "festa da cueca".
Segundo entrevistas de Garcia, o evento foi um encontro com desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) com prostitutas em um hotel de alto padrão.
O áudio mostra que os procuradores da Lava Jato conheciam, com detalhes, a história da "festa da cueca", mais um dos grandes escândalos que envolvem a Operação.