O coordenador pedagógico do estado de São Paulo, Renato Dias, considerado o número 2 da Secretaria de Educação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi demitido de seu cargo após o escândalo dos materiais didáticos com erros.
Na semana passada, uma reportagem do UOL revelou que materiais didáticos digitais - slides - da secretaria exibiam erros factuais para aulas de história e geografia.
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Os slides afirmavam que Dom Pedro II assinou a Lei Áurea, que Jânio Quadros era prefeito de São Paulo em 1961 e que a capital paulista tinha praias. Além disso, o material também dizia que água contaminada "transmitia" Alzheimer, TDAH e Mal de Parkinson.
A pressão pela queda de Feder - que já estava balançando no cargo desde o momento em que recusou os livros do Ministério da Educação em prol dos slides digitais - aumentou gradativamente.
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Feder também é acusado de conflito de interesses por assinar um contrato de compra de equipamentos digitais da Multilaser, empresa ligada ao secretário.
A exoneração, contudo, não caiu nas mãos do empresário - que já havia trabalhado na gestão de Ratino Júnior (PSD). O demitido da vez foi Renato Dias, chefe da Coped (Coordenação Pedagógica) da Secretaria do Estado da Educação, considerado número 2 e braço direito de Feder.
A pasta afirma que a demissão foi feita "a pedido" de Dias, que deseja cuidar de projetos pessoais.
Quem assume o cargo é Bianka de Andrade Silva, que também trabalhava na equipe de Feder e Dias. Ela é doutora em letras pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
"Em São Paulo, Bianka assume o compromisso de aprimorar todos os processos pedagógicos da Secretaria da Educação, como avaliações e material didático", traz trecho do comunicado da SEDUC que informa a troca.