Não é novidade que o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e todo o petit comité bolsonarista não gostam muito de críticas da imprensa.
Mas Carlos Bolsonaro, com sua marca inconfundível na escrita e no fazer político, voltou a disparar um ataque inacreditável contra uma jornalista da GloboNews.
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Para realizar mais este ataque à imprensa, Carlos Bolsonaro compartilhou um vídeo em que a jornalista Natuza Nery critica a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, afirmando que, atualmente, a Comissão funciona como uma "porteira do inferno".
“A CCJ virou a porteira do inferno. Eles sabem que isso não vai passar (...). É para fazer jogo de cena, terrorismo com a sociedade”, diz Natuza Nery.
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Indignado, Carlos Bolsonaro escreveu em seu perfil no X: "Pronto. Depois do 'gópi de táxi' surge mais uma narrativa: 'terrorismo usando a lei'".
Sem nada para fazer, CCJ da Câmara aprova retorno do voto impresso
Como se o Brasil não tivesse centenas de urgências para serem resolvidas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), dominada por deputados bolsonaristas que atuam apenas pensando no lacre e em como jogar o país na Idade Média, aprovou nesta quarta-feira (11) o retorno do voto impresso.
O projeto, aprovado por 31 votos favoráveis e 20 contrários, restabelece a contagem física de votos, o que, na prática, traz de volta o voto impresso. Agora, o projeto segue para ser votado no plenário da Câmara e, posteriormente, no Senado.
Entre os partidos, o PSD e a Federação PT-PCdoB-PV votaram contra. PL e Republicanos votaram a favor do projeto.
O texto aprovado pela CCJ determina que, após o fim da eleição, 5% das urnas eletrônicas serão selecionadas de maneira aleatória para a contagem física e pública de votos, como era feito no século XX.
Essa não é a primeira vez que parlamentares da extrema direita e bolsonaristas tentam emplacar o retorno do voto impresso.
Em 2021, o plenário da Câmara rejeitou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visava restabelecer o voto impresso no Brasil em eleições, plebiscitos e referendos. À época, o então presidente Jair Bolsonaro defendeu a proposta, mas foi derrotado.
Além do voto impresso, a CCJ também colocou em pauta a “PEC do estuprador”, que visa acabar com o aborto legal no Brasil, atualmente permitido em casos de estupro, fetos anencéfalos e risco de vida para a mãe. O projeto também é conhecido como “bolsa estuprador”.
Como se vê, a CCJ, dominada por bolsonaristas, se esforça para devolver o Brasil à Idade Média.
