PATRIMÔNIOS

Site do governo de SP coloca mais de 200 imóveis públicos à venda, aponta associação

Gestão de Tarcísio diz que informações estavam “descontextualizadas”, mas pesquisadores reiteram que foi feita pesquisa de mercado pelo portal

Pinacoteca de São Paulo.Créditos: Divulgação/GESP
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De acordo com a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado (APqC), aproximadamente 200 propriedades governamentais localizadas em pelo menos 20 cidades do estado de São Paulo foram listadas para venda no site oficial do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

Fundada em 1977, a APqC atua como representante dos funcionários de 16 Institutos Públicos de Pesquisa do Estado de São Paulo, que incluem o Instituto Agronômico de Campinas, o Instituto Butantan e o Instituto Biológico, operam em diversas áreas, como Agricultura, Saúde e Meio Ambiente.

A associação destacou que o portal tinha edifícios públicos reconhecidos em São Paulo, como a Pinacoteca e a sede do Ministério Público, fornecendo detalhes como a área do terreno, o preço do imóvel ou um “valor a ser determinado”. Além disso, o site oferecia um espaço para que indivíduos ou empresas expressassem interesse em adquirir qualquer um dos locais listados. Em comunicado à imprensa, o governo afirma que a publicação de “informações descontextualizadas” ocorreu devido a um erro técnico.

De acordo com a associação, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), fundado em 1887, edifício protegido como patrimônio municipal e centro de desenvolvimento de tecnologia agrícola, além da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) em Campinas, que supervisiona as Casas da Agricultura e é conhecida por seu atendimento a pequenas propriedades, constavam na lista com o mesmo objetivo.

Eles estiveram listados no site para visualização durante um período de 5 dias, do dia 5 a 10 de março. No entanto, após as 11h do último dia, os detalhes dos imóveis não estavam mais disponíveis para acesso. Segundo a APqC, a publicação do site não teria sido um erro, como aponta o comunicado de Tarcísio, mas sim uma pesquisa de mercado realizada pelo governo, por esses imóveis estarem se valorizando cada vez mais.

Para Helena Dutra Lutgens, presidente da APqC, "é muito difícil hoje aceitar de que foi um engano. É mais fácil aceitar e compreender que tenha sido uma pesquisa de mercado. Vamos ver quais os imóveis que despertam interesse, quantas pessoas estão dispostas a pagar por eles. São imóveis muito valorizados. A maioria deles tem muito tempo que estão nas mãos do estado e passaram por um processo de valorização imobiliária", afirma.

*Com informações de g1

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