Após implodir o eleitorado aliado a Jair Bolsonaro (PL), que oficialmente apoia Ricardo Nunes (MDB) na disputa à prefeitura de São Paulo, o "coach" Pablo Marçal (PRTB) ironizou um acordo que teria sido oferecido pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para se lançar ao Senado em 2026 na base bolsonarista e abrir mão das eleições municipais, que acontecem em outubro deste ano.
À Folha de S.Paulo, Costa Neto disse que não tem "forças para tirá-lo da campanha" à prefeitura paulistana, mas que espera "no futuro convencê-lo a vir para o Senado".
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Nas redes sociais, Marçal classificou a tentativa de acordo como "desespero" e ironizou a proposta de Costa Neto. "O que iremos fazer com isso? Que acordo é esse do centrão?", indagou na publicação em que diz que "os 'maquinistas' estão me oferecendo até a Presidência da República para deixar a Prefeitura de São Paulo".
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Após oferecer o cargo de "futuro secretário de Segurança Pública" a Ricardo Mello Araújo, indicado por pressão de Bolsonaro como vice de Nunes, tumultuando o anúncio oficializado nesta sexta-feira (21), Marçal segue aliciando os bolsonaristas.
Em pré-campanha no Mercado Municipal de São Paulo neste sábado (23), o coach fez questão de divulgar um vídeo em que um "bolsonarista doente" critica Nunes e diz que "agora sou Pablo Marçal". "É... está ficando difícil para vocês", ironizou.
Marçal ainda gravou um vídeo com o apresentador da Record, Rodrigo Faro, que deu apoio velado a Bolsoanro em 2022, driblando a orientação da emissora para que os contratados evitassem se pronunciar sobre apoios políticos.
Marçal diz que aceitou "desafio" de Faro para mudar o corpo em 60 dias e protagonizou uma flexão de braço com o ator, em uma reedição dos exercícios de Bolsonaro ao lado de João Doria (ex-PSDB) em 2018.
Ameaça de morte
Enquanto investe na pré-campanha e parte para cima de Nunes, Marçal enfrenta um racha na própria pré-candidatura, que já tem até ameaça de morte.
Após processar Flávio Bolsoanro (PL-RJ), o marqueteiro Michel Winter, filiado ao PRTB, acusou o presidente nacional do partido, Leonardo Avalanche, de tê-lo ameaçado de morte em vídeos publicados nas redes sociais.
“Me aguarde. Vou mostrar tudo que tenho, inclusive ameaça de morte. Agora quero ver se você é bandido mesmo! E se mata mesmo”, escreveu Winter.
Ele também acusou Avalanche de ter “feito falcatrua” e “vendido” os 27 diretórios estaduais do PRTB. “Você não é homem digno e nem de caráter”, afirmou o marqueteiro, que diz ter registrado a denúncia na Superintendência Regional de Polícia Federal em Minas Gerais na manhã de sexta-feira.
Em 2022, Winter foi candidato a deputado federal pelo PMB em Minas Gerais, se apresentando como "marketeiro de Bolsonaro".
Winter, que recebeu R$ 40 mil para trabalhar na campanha de Romeu Zema (Novo) ao governo de Minas, foi acusado por Flávio Bolsonaro de suposto golpe pedindo transferências Pix em nome dos Bolsonaro.
Winter afirma que o rumor foi “plantado” pelo bolsonarista Oswaldo Eustáquio e chegou a Flávio por meio do advogado Frederick Wassef.
Diante das acusações de que era golpista, o marqueteiro processou Flávio Bolsonaro.