PERSEGUIÇÃO NO AEROPORTO

VÍDEO: Júlia Zanatta persegue deputado do PT que a denunciou ao Conselho Tutelar

Deputada extremista volta a utilizar sua própria filha bebê em ataque político

A deputada Júlia Zanatta.Créditos: Reprodução
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A deputada bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) voltou a utilizar sua filha bebê para promover um ataque político. Nesta sexta-feira (10), a extremista perseguiu o deputado federal Reimont (PT-RJ) no Aeroporto de Brasília. 

Os dois se encontraram por acaso. Ao avistar Reimont, a parlamentar extremista, com sua filha no colo, passou a gravar com o celular e abordou o petista com provocações. 

Reimont foi o responsável por denunciar Júlia Zanatta ao Conselho Tutelar por ter utilizado sua filha como "escudo humano" durante um motim golpista da extrema direita na Câmara, em agosto. 

"O senhor vai chamar o Conselho Tutelar agora também que eu estou com minha filha aqui? O senhor tem coragem, deputado? Olha aqui, uma criança. É cruel o que o senhor fez. Crueldade", dizia Júlia Zanatta enquanto perseguia Reimont, que ignorava. 

Confira

Diante da insistência da extremista em persegui-lo, Reimont decidiu também gravar com o celular. Somente neste momento que Zanatta interrompeu as provocações. 

"Olha, tem coisas que a gente custa a acreditar. Trabalho para caramba, voto a favor do povo e ainda tenho que aturar gente sem noção, como a deputada Julia Zanatta, que é a favor do PL da Bandidagem, da anistia, de taxar os empobrecidos. Acreditam que ela veio me filmar sem consentimento e me provocar? Política, no meu entendimento, não é feita dessa forma", escreveu o deputado do PT ao divulgar o vídeo em suas redes sociais. 

Assista:

Júlia Zanatta usa bebê como escudo humano; entenda

Parlamentares acionaram o Conselho Tutelar de Brasília após a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) levar seu bebê de quatro meses para o Congresso Nacional na tentativa de obstruir o início dos trabalhos legislativos por parte da Mesa Diretora do Plenário da Câmara dos Deputados, no início de agosto. 

Entre os deputados federais que protocolaram o pedido de apuração da situação da criança estão o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Casa, Lindbergh Farias (RJ), e o deputado Reimont (PT-RJ).

"Tal conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional, circunstâncias que contrariam o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)", argumenta a peça de Reimont.

A própria Júlia Zanatta admitiu nas redes sociais que levou sua filha de apenas quatro meses para a ocupação do plenário da Câmara dos Deputados e que usou a bebê como “escudo humano”. A declaração gerou críticas e reações nas redes.

“Os que estão atacando minha bebê não estão preocupados com a integridade da criança (nenhum abortista jamais esteve); eles querem é INVIABILIZAR o exercício profissional de uma MULHER usando SIM uma criança como escudo”, escreveu a parlamentar em publicação no X (antigo Twitter).

Durante o protesto bolsonarista, Zanatta compartilhou vídeos em que aparece com a filha no plenário, inclusive com a bebê sentada na cadeira da presidência da Câmara, que naquele momento era ocupada interinamente pelo deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). “Estamos aqui, não vamos sair”, disse a deputada nas imagens.

Júlia Zanatta antecipou o fim da licença-maternidade para participar da mobilização. Segundo ela, a presença da filha no ato foi uma forma simbólica de apresentá-la à capital federal em um momento que classificou como “injusto e cruel”.

“Resolvi apresentar a bebê à Brasília em meio ao turbilhão. Ela não tem culpa, mas está aqui comigo. A minha licença-maternidade está em curso, mas vim hoje porque o momento exige”, escreveu.

A presença da criança durante uma manifestação política dentro do plenário gerou críticas de parlamentares e usuários nas redes sociais, que apontaram a exposição desnecessária da bebê em um ambiente de tensão política. A atitude reacendeu o debate sobre os limites entre vida pública e privada no exercício da função parlamentar.

 

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