A disputa para definir quem serão os dois candidatos ao Senado pelo bolsonarismo em Santa Catarina ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (27), com o avanço das tratativas para que a deputada federal Carol de Toni (PL-SC) possa mudar de partido, saindo do PL e indo para o Novo.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a parlamentar afirmou que teria ainda convite de outras legendas, como União Brasil, Republicanos, MDB e a futura sigla do MBL, mas a decisão seria tomada até março de 2026.
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"Será muito bem-vinda no Novo!", disse o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS). O partido pretende lançar nomes conhecidos na disputa pelo Senado, como o próprio Van Hatten, no Rio Grande do Sul, e o o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, no Paraná.
Apoio dos filhos de Bolsonaro
Carol de Toni estuda a mudança de partido por ter sido preterida pelo governador Jorginho Mello (PL-SC), que defende a chapa formada pelo vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) e pelo senador Esperidião Amin (PP-SC). A ideia de Mello é garantir uma aliança que lhe dê mais tempo de TV e rádio na campanha de reeleição.
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Nas redes sociais, Carlos se manifestou de forma favorável a De Toni. "Há um plano cristalino e diário para desconstruir Jair Bolsonaro. Os pré-candidatos ao Senado em Santa Catarina de Jair Bolsonaro são Carol De Toni e Carlos Bolsonaro", publicou.
Sua postagem foi replicada e comentada pelo irmão, Eduardo (PL-SP). "Precisamos deixar claro alguns fatos sobre o bolsonarismo: - Bolsonarista não se importa com partido, desde que não seja PT e seus puxadinhos - Bolsonarista não vota em quem o "partido do Bolsonaro" manda - Quem ignora isto é que vive numa bolha e acaba se desgastando. Dito isto, parabéns ao @CarlosBolsonaro", publicou. "Pois o que os isentões mais querem é culpá-lo por algo que o partido - e não ele - está fazendo. Deus ilumine os dirigentes do PL a tomar a decisão correta, que na política é aquela mais alinhada com os interesses do povo."
O apoio declarado dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é à toa. A parlamentar foi presidenta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e chegou a ceder o cargo de líder da Minoria para Eduardo Bolsonaro , na tentativa de evitar que ele tivesse faltas registradas por estar nos Estados Unidos. A manobra foi rejeitada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Jorginho Mello evita embate
Enquanto se desenrola uma articulação que pode rachar a direita em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello tenta evitar o embate direto com a parlamentar.
"A deputada Carol é minha amiga. Ela é uma boa parlamentar. A gente tem conversado muito, conversa reta. Ela sabe de tudo que nós temos conversado. Eu, por ela, tenho apreço, respeito o trabalho dela. E vida que segue", disse ele, em declaração a jornalistas nesta segunda.