Octavio Guedes, jornalista e comentarista político da GloboNews, fez duras críticas ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), depois da megaoperação desastrosa deflagrada pelo estado, nesta terça-feira (28), que culminou com a morte de, ao menos, 64 pessoas nos Complexos do Alemão e da Penha.
O bolsonarista declarou que as forças de segurança do estado estão “sozinhas”, responsabilizando o governo federal pelo fracasso da ação policial.
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Guedinho, como o jornalista é chamado carinhosamente por sua audiência, principalmente nas redes sociais, ressaltou que Castro rechaçou a PEC da Segurança Pública, proposta pelo governo do presidente Lula (PT), que prevê exatamente colaboração para combater o crime organizado.
“O governador Cláudio Castro foi contra a PEC da Segurança do governo federal. Agora, ele quer o governo federal”, afirmou Guedinho, que criticou as intervenções militares na segurança pública do estado.
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“As intervenções federais que colocaram a segurança na mão de militares fracassaram redondamente. Desde 92, há no imaginário a ideia de que se militares assumissem a segurança, eles iriam resolver”, disse o jornalista.
“A gente acabou de ter uma intervenção federal, que virou militar, com o Braga Netto. E o que eu vejo hoje nas ruas são muitas viaturas novas, compradas com o dinheiro da intervenção, mas, na prática, não resolveu nada”, acrescentou, se referindo ao decreto assinado por Michel Temer, em 16 de fevereiro de 2018.
“Todas as intervenções militares fracassaram no Rio de Janeiro. Há décadas fracassam. O que não significa que não possam participar de forças-tarefas, principalmente na vigilância das fronteiras por onde passam essas armas que chegam aí. É muito melhor focar as Forças Armadas nas fronteiras, onde chegam droga e arma, do que dentro de uma favela. Isso está muito claro”, finalizou.
A mais letal da história
A megaoperação policial entrou para a história como a mais letal já realizada no estado do Rio de Janeiro. O saldo, até o momento, é de 64 mortos e 81 presos. A justificativa para a ação é desarticular o Comando Vermelho (CV), uma das facções criminosas mais poderosas do país.
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