SOBERANIA

Ministro, Boulos vai pra cima de Eduardo Bolsonaro, que agora chama Brasil de “narcoestado”

Novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Boulos criticou Eduardo Bolsonaro, que tenta emplacar uma nova narrativa para interferência dos Estados Unidos no Brasil.

Guilherme Boulos.Créditos: Igor Graccho / SGP
Escrito en POLÍTICA el

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL-SP), foi para cima do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tenta emplacar a narrativa de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria associado ao narcotráfico, e que também defendeu uma intervenção dos Estados Unidos (EUA) diante da crise de segurança no Rio de Janeiro.

Boulos classificou a postura de Eduardo Bolsonaro como antidemocrática e anti-nacional, afirmando que o parlamentar “ultrapassou todos os limites” ao incitar interferência externa em assuntos internos do país.

“Eduardo Bolsonaro aproveitou a situação no Rio para chamar o Brasil de ‘narcoestado’ e estimular intervenção dos EUA. Depois do sucesso de Lula na reunião com Trump, parece que entrou em desespero e dobrou a aposta antipatriota. Este canalha não tem como seguir sendo deputado!”, escreveu Boulos em publicação nas redes sociais, nesta quinta-feira (30).

Eduardo está há oito meses nos EUA e articulou as sanções do país ao Brasil, tendo feito lobby também pelas sanções de autoridades brasileiras, como as que afetam os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por meio da Lei Magnitsky. Agora, ele tenta associar o governo federal ao narcotráfico para tentar uma intervenção dos EUA em território brasileiro, usando a crise de segurança no Rio de Janeiro.

A reação de Boulos ocorre após uma série de declarações de figuras da direita seguindo o mesmo comportamento de Eduardo Bolsonaro, e pedindo a ajuda de forças estrangeiras. Nos últimos dias, o tema da segurança pública no RJ se tornou foco de tensão entre o governo federal e o governador Cláudio Castro (PL-RJ), após a Operação Contenção, a mais letal da história do estado, deixar mais de 100 mortos.

 

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