Na quinta-feira (30), os governadores de Goiás, São Paulo (por videoconferência), Brasília e Mato Grosso do Sul se reuniram com Cláudio Castro, gestor estadual do Rio de Janeiro, para declarar apoio a ele e à sua operação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortos.
Após o encontro, os gestores estaduais deram uma coletiva de imprensa, que foi liderada por Ronaldo Caiado (Goiás), antigo desafeto do presidente Lula, que disparou ataques ao governo federal, e anunciaram o “Consórcio da Paz” para combater as facções criminosas.
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Na coletiva, os governadores foram questionados por não terem apoiado a PEC da Segurança Pública, que possui os mesmos objetivos por eles anunciados com o “Consórcio da Paz”. Alegaram que o projeto do governo federal interfere na autonomia, o que não é verdade: o texto da proposta deixa claro que a autonomia se mantém.
"Demagogia eleitoral"
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, desmontou o “Consórcio da Paz” apresentado pelos governadores e classificou o evento como “demagogia eleitoral”.
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“Governadores de extrema direita se reuniram para atacar o governo federal e defender a posição de Trump, que qualifica o narcotráfico como terrorismo. Não é uma definição ingênua: é a base retórica que os EUA têm usado para justificar intervenção armada na América Latina. Chamaram esse encontro de ‘Consórcio da Paz’”, iniciou Lula.
Em seguida, o ministro afirmou que o consórcio anunciado pelos governadores não é da paz, mas sim “antipatriótico”: “Na verdade, é um consórcio antipatriótico, que pretende atiçar intervencionismo estrangeiro contra o Brasil. Se estivessem de fato preocupados com o combate ao crime organizado, teriam dado apoio à PEC da Segurança Pública do governo Lula. Querem apenas usar a crise do Rio de Janeiro para fazer demagogia eleitoral. Lamentável!”