A defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido em que alega que a parlamentar sofreu um episódio de “insanidade mental momentânea” quando perseguiu um homem armada nas ruas de São Paulo, em outubro de 2022, na véspera das eleições.
De acordo com o advogado Fábio Panhozzi, a estratégia busca atenuar a pena da deputada, condenada por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O argumento central é que, no momento do incidente, Zambelli teria agido sob forte pressão emocional e psicológica, provocada por ameaças recebidas no período eleitoral.
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Segundo a defesa, uma perícia independente foi contratada para sustentar a tese de que a deputada apresentava um estado mental alterado no instante da ação. Os advogados também afirmam que ela estaria sob o efeito de medicamentos e sofrendo abalos por supostas ameaças contra ela e sua família.
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A opção pela alegação de insanidade temporária tem caráter estratégico: ao contrário da insanidade permanente, essa linha de defesa evita questionamentos sobre a capacidade de exercício do mandato parlamentar. O pedido será encaminhado ao STF nos próximos dias, por meio de um incidente processual específico.
Atualmente, Zambelli está presa em Roma, após decisão da Justiça italiana que deu parecer favorável ao pedido de extradição. O processo ainda depende de etapas formais antes de um eventual retorno ao Brasil.