O ministro Vinícius de Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU), viu sua popularidade nas redes sociais disparar depois de um tenso confronto com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) durante uma sessão da CPMI do INSS, realizada na quinta-feira (2).
Antes da audiência, o perfil do ministro no Instagram reunia pouco mais de 4 mil seguidores. Dias depois do embate, já ultrapassava 28 mil — um crescimento de mais de 600%. Um vídeo publicado por Carvalho após a reunião, com trechos de sua fala, ultrapassou 14 mil curtidas, número muito superior ao habitual em sua conta.
Te podría interesar
O momento que impulsionou o engajamento ocorreu quando Moro cobrou explicações sobre a suposta demora da CGU em alertar outros órgãos do governo sobre investigações envolvendo descontos irregulares em aposentadorias e pensões. Carvalho respondeu lembrando que denúncias semelhantes já haviam chegado ao Ministério da Justiça durante a gestão de Moro, no governo de Jair Bolsonaro.
“O senhor também recebeu denúncia sobre isso. Infelizmente, não encaminhou à Polícia Federal nem à CGU”, afirmou o ministro durante a sessão.
Te podría interesar
Compartilhamentos
O trecho rapidamente viralizou e foi compartilhado por aliados do governo, entre eles a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A transmissão da CPMI no YouTube ultrapassou 565 mil visualizações — uma das maiores audiências da comissão, superada apenas pelo depoimento de Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”.
Moro reagiu, dizendo que, enquanto chefiava o Ministério da Justiça, quatro entidades foram suspensas por irregularidades e que os descontos associativos caíram pela metade. “Em 2019, ninguém tinha colocado uma quadrilha no comando do INSS como agora, no governo Lula”, disse o senador.
Carvalho rebateu, questionando se as medidas adotadas por Moro resultaram em devolução de valores aos prejudicados. “Ressarciram os aposentados? R$ 400 milhões, senador Sergio Moro. Ressarciram os aposentados dessas quatro entidades que vocês suspenderam? Não”, afirmou.
O ministro negou que a CGU tenha demorado nas investigações sobre os desvios, iniciadas em 2024, embora tenha reconhecido atrasos na articulação entre os órgãos públicos. Segundo ele, as primeiras denúncias sobre as fraudes chegaram ainda em 2018.
Reveja abaixo: