JUSTIÇA

PT reage à ofensiva da extrema direita e processa Nikolas, Bia e Flávio; entenda

Partido afirma que postagens tentam associar a sigla ao crime organizado e desinformar a opinião pública

Nikolas Ferreira.Créditos: Reprodução/Facebook Nikolas Ferreira
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O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma ação judicial contra Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outros parlamentares bolsonaristas por associarem o partido ao tráfico de drogas em postagens nas redes sociais.

A ação foi protocolada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) e pede indenização de R$ 40 mil por danos morais de cada parlamentar, além da remoção imediata das publicações que utilizam o termo “PT, Partido dos Traficantes”.

Segundo o PT, as mensagens começaram a circular após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, e tiveram o objetivo de “degradar a imagem pública do partido” e “associá-lo falsamente ao crime organizado”.

Também foram incluídos no processo Gustavo Gayer (PL-GO) e Carlos Jordy (PL-RJ), que compartilharam publicações semelhantes. O partido afirma que o conteúdo é difamatório e politicamente motivado.

O juiz de plantão Tiago Fontes Moretto negou o pedido liminar apresentado no sábado (1º), alegando que não havia urgência suficiente para justificar a intervenção imediata. O caso segue sob análise do TJDFT.

Em defesa do primo preso por tráfico

Na semana passada, Nikolas reagiu com agressividade a uma internauta que lembrou que seu primo, Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, preso por tráfico de drogas, não foi executado e teve direito à ampla defesa, ao contrário do que o deputado defendia.

O parlamentar respondeu com xingamentos, dizendo que o parente “não recebeu a polícia com tiros, barricada e drone com bomba” e atacou a mulher com ofensas misóginas.

No entanto, usuários também relembraram a defesa feita por Nikolas ao ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que feriu dois agentes da Polícia Federal durante troca de tiros ao resistir a uma ordem de prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, em 2022. Na ocasião, Nikolas minimizou o episódio e afirmou que Jefferson deveria responder apenas por difamação, e não ser preso.

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