GENIAL/QUAEST

Quaest: maioria acredita que "bandido bom é bandido morto"; 82% vêem elo entre facções e deputados

O estudo mostra ainda que 80% concordam que "responsáveis pelo poder das facções estão nos bairros ricos, não nas favelas".

Corpos levados por moradores após operação que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro.Créditos: Tomaz Silva /Agência Brasil
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Um recorte da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) revela que a máxima "bandido bom é bandido morto", propagada pelo bolsonarismo, encontra eco na maioria da população fluminense, que também vê elo entre facções, como o Comando Vermelho (CV), com deputados.

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Segundo o estudo, 51% no Rio acreditam que "bandido bom é bandido" morto, enquanto 42% dizem discordar da frase. A pesquisa mostra ainda que 58% concordam que "deveria ter pena de morte para quem comete crimes graves, como assassinato" - 32% discordam - e 81% que policiais deveriam usar câmeras em uniformes, o que já é obrigatório por Lei, embora a ultradireita seja contra.

Sobre "temas polêmicos", a pesquisa constatou que 82% dos entrevistas em 40 cidades do Rio de Janeiro acreditam que "líderes de facções ajudam a eleger deputados, portanto dificilmente são presos".

O estudo mostra ainda que 80% concordam que "responsáveis pelo poder das facções estão nos bairros ricos, não nas favelas".

Outros 78% dizem que "o problema é que a polícia prende e a Justiça solta. O índice refletiu na confiança da população fluminense na Polícia Militar, que foi de 65% em novembro de 2023 para atuais 72%. A confiança na PM só é superada pelas Forças Armadas, de 83% - com variação de um ponto negativo no período. O poder judiciário tem a confiança de 61% - eram 67% há dois anos.

A Quaest ouviu 1.500 pessoas em 40 municípios do estado do RJ entre os dias 30 e 31 de outubro. O nível de confiabilidade da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 3 pp. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

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