O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, roubou a cena durante as eleições para as presidências do Senado e da Câmara neste sábado (1). Responsável pela articulação entre o governo federal e parlamentares, ele apareceu no Congresso Nacional vestindo um boné azul com uma frase estampada: "O Brasil é dos brasileiros".
Bonés iguais foram distribuídos a parlamentares da base governista e rapidamente a imprensa questionou o ministro sobre a motivação para protagonizar tal ação.
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"A ideia do boné quem me pediu foi um pessoal da periferia da zona Sul de São Paulo, do Parque Arariba. Aí tive a ideia de comprar esse boné para os ministros que viessem votar. Comprei os bonés e pedi para o Sidônio [Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência] me dizer qual frase ele achava melhor", disse Padilha a jornalistas.
Depois, em publicação nas redes sociais, Padilha explicou que mandou fazer o boné para contrapor bolsonaristas que nos últimos dias vêm usando bonés em alusão ao presidente dos EUA, Donald Trump.
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"Grande dia! Mostramos que brasileiros e brasileiras não batem continência para a bandeira de outro país".
Escancarou viralatismo
Com um gesto simples, Alexandre Padilha escancarou o viralatismo de falsos patriotas que bajulam os Estados Unidos e seu presidente extremista.
A maior prova partiu de Eduardo Bolsonaro, que frequentemente usa o boné em alusão a Trump. O filho de Jair Bolsonaro ficou revoltado com o boné "O Brasil é dos brasileiros" e acabou confirmando que sofre do complexo de vira-latas ao classificar um boné que exalta o Brasil como "boné anti-Trump".
"Ministros de Lula usam boné anti-Trump no Congresso brasileiro. Idéia (sic) foi validada pelo secretário de comunicação de Lula", escreveu Eduardo Bolsonaro em suas redes sociais.
Ou seja, o deputado "sentiu", conforme apontam comentários de usuários de redes sociais e de parlamentares que usaram o boné verdadeiramente patriota, como o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).