GREVE DOS PROFESSORES

Boulos apoia greve: "Nunes aumentou seu salário em 50% e quer dar 2% aos professores"

Reajuste proposto é metade da inflação do período: “quem educa deveria ganhar mais que quem atrasa a cidade”, disse ainda o deputado

Guilherme Boulos.Créditos: Leandro Paiva/@leandropaivac
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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) fez um post nesta quarta-feira (16), em que manifesta total apoio à greve dos professores, decretada em assembleia nesta terça-feira.

Segundo Boulos, “quem educa deveria ganhar mais que quem atrasa a cidade. Todo apoio à greve dos professores!”

O deputado lembrou ainda que o prefeito de São Paulo “Ricardo Nunes aumentou o próprio salário em 50% em 5 anos. Agora, quer enfiar goela abaixo dos servidores irrisórios 2,6% — menos da metade da inflação (5,16%). Os professores da rede municipal estão em luta exigindo um reajuste justo”, encerrou.

A greve

A greve dos professores da rede pública municipal de São Paulo foi decretada por tempo indeterminado nesta terça-feira. A decisão ocorreu em assembleia realizada nesta última terça (15), em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, centro da capital, durante protesto contra a proposta de reajuste enviada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) à Câmara de Vereadores.

O Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) afirma que Nunes encaminhou a proposta “sem nenhuma discussão com as entidades sindicais, que estão em plena campanha salarial, tendo em vista a data-base da categoria, em maio”.

O projeto do Executivo municipal (PL 416/2025) propõe reajuste de 2,6% neste ano (a partir de maio) e de 2,55% para 2026, assim como a elevação dos pisos remuneratórios dos docentes, categoria 1 (QPE 11), em 6,27%. Os trabalhadores rejeitam esta proposta e pedem 44% de aumento real a título de incorporação dos abonos complementares de pisos, além de outras reivindicações.

Confira a pauta de reivindicações dos professores da capital paulista:

  • 44% de aumento real a título de incorporação dos abonos complementares de pisos;
  • valorização dos salários e carreiras do QPE;
  • condições dignas de trabalho, com infraestrutura adequada; 
  • revogação da Lei nº 18.221/2024;
  • fim das terceirizações e privatizações;
  • revogação do confisco e redução da alíquota previdenciária de 14% para 11%;
  • redução da jornada de trabalho do Quadro e Apoio e dos gestores;
  • investimento em saúde e segurança;
  • ampliação dos módulos dos docentes e do Quadro Apoio;
  • condições de atendimento à educação especial para garantir as aprendizagens;
  • climatização nas escolas;
  • não ao regime de remuneração por subsídio;
  • não ao fechamento das salas de educação de jovens e adultos;
  • redução do número de alunos por sala/turma/agrupamento;
  • não à plataformização do ensino, gestão escolar democrática, entre outros itens.  
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