"COMANDANTE"

VÍDEO: Advogado entrega Bolsonaro e diz que ele dava ‘ok’ ao que Zambelli fazia

Defensor do hacker Walter Delgatti confirmou em entrevista que ex-presidente era o topo da cadeia de comando e que deputada agia sempre com sua autorização

Créditos: Lula Marques / Agência Brasil
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O advogado Ariovaldo Moreira, que defende o hacker Walter Delgatti, acusado junto com Carla Zambelli (PL-SP) de ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) três dias antes da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, disse numa entrevista ao canal GloboNews que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia de tudo que a deputada federal extremista fazia e que dava autorização a ela para que levasse adiante suas ações criminosas e golpistas, como um verdadeiro líder do grupo que tentou derrubar a democracia brasileira.

“A investigação como um todo, se você analisar o que foi dito pelo Walter (Delgatti), desde a CPMI dos atos golpistas, até na investigação, que já vinha há algum tempo, o Walter sempre usou o mesmo discurso, o Walter sempre disse que estava a mando de Carla Zambelli, e o Walter sempre apontou, e não é segredo para ninguém que ele esteve com o ex-presidente, que havia assim um comando direto da Carla Zambelli para com ele, e o Walter, pelo menos o que passavam para ele, era que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia de todas as atitudes, da forma com que a deputada Carla Zambelli estaria conduzindo essa situação... Então, o Walter disse algumas vezes não só para mim, mas até disse à imprensa, de que havia sim comando da Carla Zambelli no que diz respeito aos seus atos e que tudo que era passado a ele havia a concordância do ex-presidente Jair Bolsonaro”, disse Moreira no programa Estúdio i.

A declaração complica ainda mais o ex-presidente de extrema direita, que já é réu no Supremo Tribunal Federal sob a acusação de chefiar o bando sublevado que tentou dar um golpe de Estado no país após sair derrotado das urnas na eleição de 2022.

Delgatti, por ordem de Zambelli e por recompensa em dinheiro, invadiu o sistema do CNJ nos dias 5 e 6 de janeiro de 2023 e lá inseriu alvarás de soltura para presos perigosos, além de emitir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, assinado pelo próprio magistrado. A ousadia de Zambelli rendeu uma terceira condenação à parlamentar, já que a 1ª Turma do STF já formou maioria para cassar seu mandato e mandá-la por 10 anos para a cadeia. Zambelli também já foi condenada por liderar um esquema robusto de distribuição de notícias falsas na eleição de 2022 e por ter perseguido um eleitor de Lula (PT) com uma pistola automática no Centro de São Paulo, à luz do dia, na véspera do segundo turno da última eleição presidencial.

Vejo o vídeo abaixo:

 

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