Jair Bolsonaro (PL) afirmou a jornalistas nesta terça-feira (10) que pretende levar o teatrinho das redes sociais ao depoimento que dará a Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF). A oitiva deve ocorrer entre esta terça-feira (10) e quarta-feira (11), dependendo da velocidade do depoimento das testemunhas que estão à frente.
Antes de entrar para acompanhar o segundo dia de depoimentos, Bolsonaro afirmou a jornalistas que quer replicar horas de vídeos que circulam nas redes bolsonaristas, que estão gravados em um pen drive que ele carrega no bolso.
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"Se eu puder ficar à vontade, se preparem, vão ser horas", afirmou. "Tem pronunciamento meu, tem um do Flávio Dino condenando a urna eletrônica, tem um do Carlos Lupi também, falando que sem impressão do voto é fraude. Eu não estou inventando nada", emendou.
O vídeo de Flávio Dino, que já circula nas redes há anos, diz respeito a uma declaração do atual ministro da corte entre 2009 e 2013, no início da informatização do processo eleitoral. Nenhuma delas, no entanto, foi feito durante períodos ou campanhas eleitorais.
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As críticas à época sobre as urnas eletrônicas foram feitas com base em evidências compartilhadas à época pelo especialista Diego Aranha, que participou do Teste Público de Segurança (TPS) do TSE em 2012 e divulgou, em um evento com participação de Dino, as fragilidades encontradas por sua equipe.
Professor e pesquisador na área de criptografia e segurança computacional, Aranha já declarou que atualmente, com o aprimoramento do sistema, não há quaisquer evidências de fraudes eleitorais.
“Observo ainda que não poderia ser diferente, e que o objetivo de um pesquisador em segurança é exatamente este: que vulnerabilidades sejam corrigidas”, afirmou Aranha à agência de checagens em 2023.
Bolsonaro ainda ressaltou que não existem para condená-lo, mesmo diante de uma imensa quantidade de provas.
"Eu não tenho preparação para nada, não tem por que me condenar. Estou com a consciência tranquila. Quando falaram o tempo todo, "assinar o decreto...". Não é assinar decreto, pessoal. Assinar um decreto de (estado de) defesa ou de sítio, o primeiro passo é convocar os conselhos da República e de Defesa. Não foi feito", afirmou.