O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) trocaram afagos em evento realizado na cidade de Presidente Prudente, interior do estado.
Na abertura da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), Bolsonaro se referiu a Tarcísio como "amigo", afirmando que ele era um "capitão mais moderno".
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"Ele (Tarcísio) sentiu o gostinho da política e não sai mais. Tem um grande futuro pela frente, é um baita de um gestor. Na política, já aprendeu 95% das coisas, só falta 5%. Tarcísio, vou dar umas aulas para você, se é que não pegou tudo do [Gilberto] Kassab", disse, mencionando o presidente do PSD e atual secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo.
Em seguida, o ex-presidente afirmou que esperava estar no "tabuleiro político no ano que vem". "Eleição sem Jair Bolsonaro é negação da democracia. É difícil? É", admitiu ele, inelegível por conta de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Uma 'aposta'
O governador de São Paulo se derramou em elogios a seu ex-chefe quando esteve à frente do microfone. "Tenho que fazer um agradecimento especial ao presidente Bolsonaro. Ele apostou em mim. Mudou uma lógica. Não consultou partidos políticos para montar seu ministério. Pegou um cara desconhecido para a Infraestrutura. Eu não era a primeira opção. Acabou fazendo a sua aposta e, assim como eu, apostou em outras pessoas", disse.
"Ele é uma referência para mim e para vocês. A sua missão, presidente, não acabou. O senhor ainda vai contribuir muito para o Brasil e fazer a diferença", exaltou. “É sempre bom estar com o presidente Bolsonaro. É uma forma de reenergizar. A gente bota o dedo na tomada e sai daqui muito mais motivado”, afirmou ainda o governador.
Tarcísio é um dos possíveis nomes cotados para ser o candidato de Bolsonaro à presidência da República em 2026.
Aproximação com Kassab
Bolsonaro também fez questão de reverenciar Gilberto Kassab no evento. Segundo o portal Metrópoles, foram quatro acenos públicos no período de seis minutos.
“Cumprimentar aqui o Kassab, presidente do maior partido do país, depois do PL”, começou, em seu discurso. O ex-presidente tem buscado uma maior aproximação do presidente do PSD, em especial para garantir apoio ao projeto de anistia a condenados pelos atos do 8 de janeiro, compromisso que ainda não conseguiu ter do ex-prefeito de São Paulo. A bancada pessedista conta com 45 deputados e 14 senadores.
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