O Itaú Unibanco comunicou nesta sexta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que cumpriu a decisão do ministro Alexandre de Moraes e bloqueou as contas da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). A medida faz parte das ações decorrentes da condenação da parlamentar por envolvimento na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2022 e 2023.
Segundo o banco, Zambelli mantém duas contas na instituição: uma conta corrente com saldo de R$ 2.118,28 e uma poupança com R$ 5. A informação chegou a ficar disponível no sistema do STF por cerca de dez minutos, mas foi retirada do ar e restringida à “visualização interna”, em razão do sigilo bancário. A alteração foi confirmada por uma certidão emitida pela gerência de Protocolo Judicial do Supremo.
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Outros bancos também foram notificados da decisão judicial e deverão informar saldos eventualmente retidos em nome da deputada, embora, até o momento, não haja detalhes sobre valores bloqueados por outras instituições financeiras.
Fugitiva
Zambelli está com mandado de prisão expedido e encontra-se foragida da Justiça brasileira. Ela teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol, após deixar o país pela fronteira com a Argentina. De lá, embarcou para os Estados Unidos e, posteriormente, chegou à Itália, onde está desde quinta-feira (5).
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Com o pedido de licença aceito pela Presidência da Câmara dos Deputados, Zambelli perdeu o direito ao salário de R$ 46.366,19 que recebia como parlamentar. A licença foi oficializada também na quinta-feira, no mesmo dia em que sua fuga internacional veio à tona.
A condenação imposta à deputada é de 10 anos de prisão por crimes relacionados à invasão dos sistemas do CNJ, em um dos inquéritos que apuram ações coordenadas contra instituições do Judiciário brasileiro.
O caso segue sob análise do STF, enquanto autoridades brasileiras trabalham com a Interpol e o governo italiano em busca da extradição da parlamentar.
Com informações da Folha