Celso Vilardi, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fez um total de 25 perguntas ao tenente-coronel Mauro Cid, durante a audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (9), que investiga a tentativa de golpe de Estado.
As perguntas trataram, principalmente, da atuação de Bolsonaro e de seu entorno nos eventos que antecederam e sucederam as eleições de 2022, com foco especial no contexto nos atos terroristas do 8 de janeiro de 2023.
A temática dos questionamentos foi na direção do funcionamento da equipe de ajudantes de ordem, conhecimento e envolvimento do presidente em discussões sobre fraude eleitoral, reuniões com militares e empresários, circulação de documentos e mensagens que sugeririam planos de ruptura institucional, envio e recebimento de anexos e minutas, atuação de figuras como Braga Netto, Eduardo Pazuello e outros militares, além da movimentação de bens pessoais do então presidente e a apreensão de aparelhos eletrônicos.
Também foram exploradas questões sobre desmobilização dos acampamentos de apoiadores, uso de redes sociais e existência de reuniões com empresários investigados, buscando esclarecer o grau de envolvimento ou ciência do ex-presidente sobre ações de seus aliados e assessores.
Veja quais são as 25 perguntas feitas pelo advogado de Bolsonaro
-A função de ajudante de ordem é algo como um secretário, se existia só ele, outros, ou se existia hierarquia entre ajudantes de ordem?
-Algum conhecimento dos fatos do 8 de janeiro antes do 8 de janeiro?
-No Palácio da Alvorada, o presidente tinha alguma informação a respeito disso? Algum plano de incentivo ao ato do 8 de janeiro?
-O presidente afirmou isso pra ele? (referente à frase sobre fraude).
-No âmbito do palácio, ouviu ele dizer que agiria só dentro das linhas da constituição?
-A reunião do 7 de dezembro/setembro. Disse que depois dessa reunião ele teria falado com o comandante do Exército. Queria saber se foi nessa reunião que ele apresentou um PowerPoint?
-Reunião do dia 28 de novembro, no salão de festas: ele recebeu um WhatsApp antes dessa reunião com um anexo, este anexo, por volta das 20h30, era da carta que seria mandada aos comandantes?
-Esse anexo foi enviado às 20h02, às 20h30 ele manda as observações, e às 23h30 é que tem as mensagens das fotos. Ele recebeu as fotos que estão na denúncia como uma minuta de golpe, essas mensagens vieram de um interlocutor da reunião?
-Nessas conversas teve conversa sobre algum documento escrito relacionado a um golpe de estado?
-Nessa reunião, o nome de Vossa Excelência constou como centro de gravidade?
-O senhor conversou com advogados ou jornalistas?
-Fez uso, em algum momento, de um perfil no Instagram que não está no nome dele?
-Não houve nenhum telefone que tenha sido apreendido pela PF que não foi apreendido?
-A reunião com o general Braga Netto… Copa 22, entendi que ele recebeu um arquivo, objeto de pergunta, queria saber se por meio dessa mensagem ou qualquer outra conversa ele sabia que tinha supostamente um plano para monitorar para eliminar pessoas?
-Quando o senhor foi procurado para marcar a reunião com o general Braga Netto, qual foi a finalidade do pedido?
-O que foi pedido para ser rascunhado?
-Essa mensagem era 2 dias antes da reunião. Ele já sabia que tinha necessidade financeira?
-Ele diz mensagem dia 9 e 10, a mensagem é do dia 8… o general Teófilo… ele tinha intimidade com ele?
-A mudança do Alvorada, de coisas pessoais…?
-O presidente nunca comentou de convocar movimento de rep. ou de defesa?
-Com relação ao punhal verde e amarelo, ele disse que só soube pela mídia?
-Ele nunca conversou com o presidente da República sobre isso?
-Ele ouviu se o presidente desmobilizar os acampamentos… Ele ouviu algo para mobilizar as pessoas a irem por parte do presidente?
-Queria saber, em novembro/dezembro de 22, o presidente da República fez reunião com Luciano Hang, Maier, uma pessoa da Centauro… enfim, pessoas relacionadas àquele grupo de empresários investigados?
-O que foi pedido para ser rascunhado?
