A sanção da Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 63 vetos, acompanhou a opinião das redes sociais, segundo levantamento da Quaest.
O projeto, apelidado por críticos de “PL da Devastação” e “mãe de todas as boiadas”, foi considerado por ambientalistas e especialistas o maior retrocesso ambiental em mais de 40 anos.
Te podría interesar
A Quaest monitorou o debate digital em momentos-chave: aprovação no Senado, em 21 de maio, e na Câmara dos Deputados, em 17 de julho. Na primeira etapa, foram 84 mil menções, com sentimento majoritariamente negativo (49%), 12% positivas e 39% neutras.
A narrativa favorável defendia a redução da burocracia e a atração de investimentos; a contrária alertava para riscos de poluição, desmatamento e tragédias ambientais como Mariana e Brumadinho.
Te podría interesar
Com a aprovação na Câmara, o debate explodiu: 401 mil menções, pico de 186,7 mil no dia da votação e alcance diário estimado em 53 milhões de pessoas.
O tom negativo saltou para 75%, enquanto o neutro caiu para 11%. Críticos organizaram campanhas para pressionar Lula pelo veto integral, associando a pauta a outros temas nacionais para ampliar engajamento.
Na sexta-feira (8/8), no último dia do prazo, o governo anunciou a manutenção da maior parte do texto aprovado, mas excluiu 26 dispositivos e alterou outros por meio de Medida Provisória e projeto com urgência constitucional.
“Foram os vetos que nós trabalhamos. O tempo todo eu dizia que iríamos fazer vetos que fossem estruturantes, para preservar a figura jurídica do licenciamento ambiental, a integridade do licenciamento ambiental. E com os vetos feitos, nós conseguimos”, afirmou Marina, durante evento no Sesc Pinheiros, em São Paulo.
Ela defendeu a manutenção da Licença Ambiental Especial (LAE), que acelera a aprovação de licenciamento. "“Esses instrumentos novos já existem na prática — as obras do PAC já priorizam empreendimentos para dar mais celeridade, mas sem perda de qualidade”, afirmou.