A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), seguiu o entendimento de Alexandre de Moraes, relator da ação penal que julga a trama golpista, e afirmou que as pessoas que tentaram dar um golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023 faziam parte de uma organização criminosa liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O 8 de janeiro de 2023 não foi um acontecimento banal depois de um almoço de domingo, quando as pessoas saíram a passear. O inédito e infame conjunto de acontecimentos, havidos ao longo de um ano para insuflar, instigar e conduzir práticas variadas de crimes relacionados ao vandalismo, exigia uma resposta no direito penal”, disse Cármen Lúcia.
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Em seguida, a ministra destacou: “Segundo a Lei 14.197, quatro dos oito réus desta ação — Jair Messias Bolsonaro, Anderson Gustavo Torres, Walter Braga Netto e Augusto Heleno Ribeiro — são justamente os autores que assumem este projeto de golpe. O Congresso promulgou a lei, mas ainda não se podia dizer que não se conhecia a intenção de tentar abolir o Estado ou atacar os poderes. Há um conjunto de estratégias encadeadas, muitas vezes camufladas, que visavam tomar ou manter o poder, sempre de forma a aliciar e desestabilizar em um ambiente de crise que golpes de Estado propagam”.
Ela concluiu afirmando que todo esse cenário ocorria sob a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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