O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está afastado do mandato, usou as redes sociais para fazer grave ameaça aos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que retoma nesta quinta-feira (11) o julgamento da ação penal sobre o núcleo central da trama golpista, que pode levar o ex-presidente Jair Bolsonaro à prisão.
A sessão da Primeira Turma do STF ocorre sob o impacto do voto do ministro Luiz Fux, que, durante mais de 10 horas, defendeu a nulidade do processo por alegada incompetência da Turma para julgá-lo. Além disso, Fux absolveu Jair Bolsonaro e condenou Braga Netto e Mauro Cid.
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Por meio das redes, Eduardo Bolsonaro afirmou que aqueles que não seguirem o entendimento de Fux sofrerão consequências.
"Fux trouxe a fundamentação jurídica interna que atesta exatamente o que o governo americano afirmou ao sancionar Alexandre de Moraes. Foi um voto técnico, minucioso e muito bem fundamentado, que destrinchou todas as inúmeras ilegalidades cometidas até aqui", iniciou Eduardo Bolsonaro.
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Em seguida, o filho do ex-presidente ameaçou Cármen Lúcia e Zanin:
"Resta saber o que os dois outros ministros, que irão votar, vão fazer: irão seguir, como fez o Dino, como cúmplices de um violador de direitos humanos sancionado e, por consequência, ficarão sujeitos a serem punidos como tais, ou vão seguir a sobriedade legal do ministro Fux, que atuou para garantir e resguardar a nossa Constituição."
"A escolha é inteiramente deles. Essas ameaças ao ministro Fux, via mídia, só mostram que Moraes criou uma facção disposta a tudo. Mas fica a pergunta: todos ali estão dispostos a tudo e a todas as consequências que envolvem essa inquisição toda?", concluiu o deputado.
