O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou em desespero após seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ser condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Em pânico, Flávio Bolsonaro passou a fazer uma série de publicações em curto espaço de tempo, o que evidencia o descontrole diante da realidade: seu pai, condenado, deverá cumprir pena em algum lugar que não seja sua residência, onde atualmente cumpre prisão domiciliar.
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"A turma da farsa acusou o golpe com a aula dada por Luiz Fux em seu voto ontem. O joguinho combinado dos quatro outros membros da 1ª Turma durante o voto de Cármen Lúcia foi simplesmente constrangedor, com direito a inédito e antirregimental aditamento do voto de Alexandre de Moraes com vídeo que, até onde sei, sequer consta dos autos. Suprema perseguição. Querem matar Bolsonaro", esbravejou Flávio Bolsonaro.
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BOLSONARO CONDENADO: 1ª Turma do STF forma maioria para condená-lo por golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está condenado. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria na tarde desta quinta-feira (11), com o voto da ministra Cármen Lúcia, para condenar o líder máximo da extrema direita brasileira pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e formação de organização criminosa. Ela também o condenou pelos outros dois crimes relacionados à destruição de patrimônio público tombado.
Com o voto de Cármen, o placar do julgamento ficou em 3 a 1. Tendo em vista que o colegiado da Primeira Turma do STF é formado por cinco ministros, já não é mais possível o ex-presidente provar sua inocência. Falta ainda o presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, apresentar seu voto. Não houve ainda nenhuma leitura de veredicto, tampouco a pena a que será submetido Bolsonaro, o que deve acontecer apenas na sessão final do julgamento, marcado para esta sexta-feira (12).
O voto de Cármen Lúcia foi no mesmo sentido em relação aos demais réus. A Primeira Turma também, assim, formou maioria para condenar os corréus Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto pelos mesmos crimes. O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, já havia sido condenado igualmente por formação de maioria, com o voto do ministro Luiz Fux, na noite de quarta-feira (10).
Volta à normalidade e ressaca pós-Fux e seu voto bizarro
O voto de Cármen Lúcia foi o primeiro depois da ressaca mental originada com o voto do ministro Luiz Fux, que na quarta (10) leu seu entendimento sobre os casos relacionados à ação penal por longas e intermináveis 14 horas, apresentando uma visão tão distorcida quanto risível dos fatos ocorridos entre o final de 2022 e começo de 2023, algo que já passou a ser apontado como o mais esdrúxulo voto da história da mais alta corte do Judiciário nacional.
Fux chegou ao ponto do absurdo de ter absolvido Bolsonaro da acusação da tentativa de golpe, sob o argumento de não ter ocorrido tentativa de golpe, para então condenar Mauro Cesar Cid, um simples ajudante de ordens do ex-presidente, pelo crime que ele acabara de dizer que não existia, o de tentativa de golpe.