O voto era da ministra Cármen Lúcia, nesta quinta-feira (10). Porém, seu colega Alexandre de Moraes pediu a palavra para reforçar a tese: Jair Bolsonaro (PL) é o líder da organização criminosa que tentou realizar um golpe de Estado no país.
O ex-presidente e outros sete réus do chamado “núcleo crucial” do plano golpista estão sendo julgados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Te podría interesar
Moraes, ainda durante o à parte do voto da ministra, apresentou um vídeo de Bolsonaro discursando em uma antiga manifestação de 7 de setembro.
“Essa organização criminosa queria calar o Judiciário, o Estado Democrático de Direito e, ao mesmo tempo, se perpetuar no poder. Se pra isso precisasse matar um ministro do Supremo Tribunal Federal, envenenar um presidente da República, praticar peculato utilizando os poderes do Estado, são crimes indeterminados. Isso está fartamente comprovado”, afirmou Moraes.
“Novas ditaduras no mundo”
O ministro também ressaltou que os discursos da organização criminosa tiveram início em julho de 2021. O relator do caso afirmou, ainda, que Bolsonaro "sempre foi, além de líder, o ponta de lança desse discurso populista que caracteriza as novas ditaduras no mundo".
Com o voto da ministra Cármen Lúcia, o placar está em 3 a 1 e a maioria foi atingida pela condenação de Bolsonaro. Luiz Fux foi o único que absolveu o ex-presidente. Ainda falta votar o ministro Cristiano Zanin.
Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.