A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu seu voto sobre a ação penal que julga a trama golpista nesta quinta-feira (11), analisando o significado político de uma tentativa de golpe de Estado e ressaltando que um dos danos é que tal ato pode servir de exemplo.
“O que há de inédito nessa ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, seu presente e seu futuro”, afirmou Cármen Lúcia.
Te podría interesar
Em seguida, a ministra destacou: “Não existe imunidade absoluta contra o vírus do autoritarismo, que se insinua insidioso a contaminar liberdades e direitos humanos”.
Logo após o início da leitura de seu voto, enquanto citava um texto do escritor francês Victor Hugo, o ministro Flávio Dino pediu um aparte à colega de Corte. Cármen Lúcia aproveitou o momento para alfinetar o colega Luiz Fux, que não costuma conceder apartes: “Concedo todos os apartes, eu sou da prosa”, disse a ministra.
Te podría interesar
Em seguida, o diálogo entre Cármen Lúcia e Flávio Dino ocorreu da seguinte forma:
Flávio Dino: “Ministra Cármen, vossa excelência concede um aparte?”
Cármen Lúcia: “Todos, ministro. Todos, desde que rápido, porque nós, mulheres, ficamos dois mil anos caladas e queremos ter o direito de falar.”
Acompanha ao vivo julgamento pelo canal da Fórum: