FOLHA SANTISTA

Policiais civis detonam governo Tarcísio após assassinato de ex-delegado-geral

Ruy Ferraz Pontes, conhecido por investigar o PCC, perdeu o controle do veículo enquanto fugia dos criminosos na cidade de Praia Grande e, na sequência, foi executado

Criminosos em fuga logo após assassinarem o ex-delegado-geral Ruy Ferraz Pontes, em Praia Grande (SP).Créditos: Reprodução/Vídeo
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O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) fez duras críticas ao governo de São Paulo, comandado por Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), em nota oficial sobre o assassinato Ruy Ferraz Pontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. 

No início da noite desta segunda-feira (15), Pontes, que era secretário de Administração de Praia Grande, na Baixada Santista (SP), foi executado a tiros enquanto dirigia. A suspeita inicial recai sobre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em reação ao crime bárbaro, o Sindpesp lamentou a morte de Ruy Pontes e prestou homenagens ao ex-delegado-geral. O comunicado, contudo, joga a responsabilidade pelo ocorrido ao governo Tarcísio

"A ação que resultou na execução de Ruy Ferraz Fontes, o qual, há poucos anos, ocupou o cargo de comando máximo da Polícia Civil bandeirante, escancara a forma como o Governo do Estado de São Paulo cuida de seus policiais mais dedicados, ao mesmo tempo em que torna gritante a necessidade de a Polícia Civil ser melhor tratada, com efetiva valorização de seus profissionais, mais contratações e aumento nos investimentos em estrutura física e de materiais", diz trecho da nota. 

"É, afinal, a Polícia Civil a responsável pela investigação das organizações criminosas. Por consequência, se o Governo do Estado permite que a instituição se enfraqueça, como São Paulo tem feito nas últimas décadas, o crime organizado, inevitavelmente, ganhará espaço", prossegue o sindicato. 

"Para o Sindpesp, o homicídio do ex-delegado-geral, da forma como ocorreu, revela-se uma grande afronta às Forças de Segurança, à máquina pública e ao Estado de São Paulo, não podendo ficar de maneira alguma impune, sob pena de que todo o sistema de Segurança Pública caia em descrédito", emenda a entidade. 

Entenda 

Um crime de grande repercussão chocou a população de Praia Grande, no início da noite desta segunda-feira (15). Vítima de um atentado, Ruy Ferraz Pontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e, atualmente, secretário de Administração da cidade do litoral paulista, foi executado a tiros enquanto dirigia. A suspeita inicial recai sobre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A Polícia Militar (PM) informou que homens que estavam em outro veículo, uma caminhonete Toyota Hilux preta, atiraram contra o automóvel da vítima.

O caso ocorreu na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, por volta das 18h21, no bairro Nova Mirim, perto do Fórum. Ainda segundo a PM, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e constatou a morte.

Informações iniciais apontam que Ruy perdeu o controle do veículo depois de ser baleado, o carro capotou e colidiu contra um ônibus.

Veja vídeo [ATENÇÃO, IMAGENS FORTES]:

Trajetória de Ruy Ferraz Pontes

Ruy Ferraz Fontes teve uma trajetória respeitável na polícia. Foi delegado por mais de 40 anos e comandou a Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo, além de dirigir o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, onde também fez pós-graduação em Direito Civil, Ruy atuou em inúmeras delegacias especializadas.

Durante a carreira, participou de cursos no Brasil, na França e no Canadá, e além de ter sido professor de Criminologia e Direito Processual Penal. Em 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande.

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