DESTEMPERO

Eduardo Bolsonaro se revolta e ofende Paulo Gonet após denúncia da PGR

Procuradoria-Geral da República denunciou deputado e o youtuber de extrema direita Paulo Figueiredo por coação

Eduardo Bolsonaro.Créditos: Reprodução de Vídeo/YouTube
Escrito en POLÍTICA el

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com seu habitual destempero, apelou novamente. Depois de ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta segunda-feira (22), por coação, o filho do ex-presidente condenado afirmou que a denúncia é “fajuta”.

Além disso, ofendeu o procurador Paulo Gonet, o chamando de “lacaio” de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e obsessão da família Bolsonaro e de seus seguidores.

“Esqueçam acordos obscuros ou intimidações que usaram por anos, porque não funcionam conosco — isto vale para mais esta denúncia fajuta dos lacaios do Alexandre na PGR. O recado dado hoje é claro: o único caminho sustentável para o Brasil é uma anistia ampla, geral e irrestrita, que ponha fim ao impasse político e permita a restauração da normalidade democrática e institucional”, delirou Eduardo, em nota conjunta com Paulo Figueiredo, blogueiro de extrema direita, também denunciado pelo PGR por coação, em consequência da atuação de ambos, conspirando contra o Brasil junto aos Estados Unidos.

Os dois extremistas também comentaram sobre as sanções do governo de Donald Trump contra a esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, que foram recebidas “com gratidão” pelos dois conspiradores.

Mais perseguição

O anúncio das novas sanções foi publicado nesta segunda-feira (22) pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e atinge também o Lex – Instituto de Estudos Jurídicos, entidade fundada por Moraes no ano 2000 e atualmente controlada pela família.

A inclusão de Viviane Barci no rol dos sancionados não ocorreu por acaso. Segundo admitiu Eduardo Bolsonaro, ele próprio sugeriu ao governo Trump que punir apenas Moraes seria “contraproducente”, descrevendo a advogada como o “braço financeiro” do ministro. A pressão dos bolsonaristas, portanto, foi determinante para estender as sanções à esposa de Moraes.

Na prática, a aplicação da chamada Lei Magnitsky congela qualquer ativo que os sancionados possuam nos Estados Unidos, além de restringir operações financeiras em dólar, incluindo o uso de bandeiras internacionais como Visa e Mastercard. Os efeitos diretos no Brasil, no entanto, ainda dependem da posição dos bancos nacionais.

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