O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), avaliou nesta segunda-feira (22) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega fortalecido para a disputa da reeleição em 2026, enquanto a direita ainda não conseguiu se organizar em torno de um nome único. As declarações foram feitas durante o Macro Day, conferência promovida pelo BTG Pactual, em São Paulo.
“Analisando de forma muito imparcial, você tem a esquerda aglutinada e unida em torno da possível reeleição do presidente Lula. Acho que a esquerda está organizada nesse sentido”, afirmou Motta. Ele também destacou que Lula teria reposicionado o discurso político e ampliado sua base de apoio: “Do ponto de vista da comunicação, a esquerda cresceu. Então, o presidente vem para a reeleição com força”.
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Popularidade em meio a sanções
A avaliação de Motta dialoga com pesquisas recentes que indicaram melhora na percepção do governo após os embates diplomáticos com os Estados Unidos. Como resposta ao processo e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Washington impôs sanções econômicas e restrições de vistos a autoridades brasileiras, incluindo a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O governo reagiu com um discurso de defesa da soberania nacional, movimento que, segundo analistas, contribuiu para reforçar a imagem de Lula. Nesse contexto, o slogan oficial passou de “União e Reconstrução” para “Do lado do povo brasileiro”.
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Direita sem consenso
Ao analisar o campo adversário, Motta apontou falta de unidade entre os pré-candidatos da oposição. “A direita está um pouco mais desorganizada, na minha avaliação. Porque, primeiro, não se sabe o que o presidente Bolsonaro irá fazer, quem ele vai apoiar”, observou.
Segundo o parlamentar, a definição de Bolsonaro será crucial para a consolidação de uma candidatura competitiva em 2026.