Aceno do PSDB e PSD a impeachment de Bolsonaro é comemorado pela esquerda

“Está mais do que na hora dos partidos do campo democrático estarem unidos para tirar esse homem de onde está”, comemorou Gleisi Hoffmann

Gleisi Hoffmann - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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Líderes do PT, PDT e PSOL comemoraram manifestações recente do PSDB e PSD que acenaram com possível apoio ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). “Até que enfim, né? Acho importante. O que mais ele precisa fazer para a gente ‘impichá-lo’”, disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, para a coluna de Mônica Bergamo.

Gleisi vê “dois campos claros” na política brasileira atual. “O democrático, que envolve os partidos de esquerda, de centro e da direita liberal, que participaram da abertura democrática do país. E o autoritário, que é Bolsonaro”, avalia.

Para ela, “está mais do que na hora dos partidos do campo democrático estarem unidos para tirar esse homem de onde está”, diz Gleisi.

Já para o presidente do PDT, Carlos Lupi, a sinalização do PSDB e do PSD é importante e resulta de “uma reação natural” que Bolsonaro está “provocando em todos os democratas”, cuja “gota d’água” foram as manifestações de terça-feira (7) incitadas pelo presidente contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Temos que jogar a democracia contra ele [Bolsonaro]. Nesse momento, a democracia contra ele é o impeachment”, disse ele ainda.

“Na luta que estamos travando, a gente não escolhe aliados”, afirmou Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.

“Qualquer decisão que for tomada por esses partidos em relação a uma adesão ao impeachment é muito bem-vinda. Temos consciência de que a oposição de esquerda e de centro esquerda não é suficiente para ter os votos necessários para dar abertura ao processo de impedimento do presidente”, concluiu.

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, chamou as declarações de Bolsonaro feitas na manifestação em Brasília nesta terça-feira (7), de “gravíssimas” e convocou uma reunião da diretoria executiva da legenda nesta quarta-feira (8), para discutir a posição do partido sobre o impeachment do presidente.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse à jornalista Míriam Leitão na segunda-feira (6), que o partido pode apoiar o impedimento caso Bolsonaro insista na escalada de ataques contra as instituições democráticas.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) tuitou: “É bom lembrar, o impeachment de Collor iniciou em fins de agosto de 1992. Em 29/09 ele foi preventivamente afastado e em dezembro condenado pelo Senado. Se todo mundo pegar logo no serviço a gente se livra dessa tragédia antes que o ano acabe.”

https://twitter.com/randolfeap/status/1435448022951936000

Já o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) afirmou: “Bolsonaro quis enquadrar, mas vai acabar perdendo a cadeira. PSDB e PSD vão debater apoio ao impeachment. Ninguém aguenta mais esse traste.”

https://twitter.com/orlandosilva/status/1435375446556827649

Com informações da coluna de Mônica Bergamo