Acordo com Lira determinou voto do PDT; deputados do partido bateram boca após votação

PEC dos Precatórios passou por apenas quatro votos, 15 deles do PDT; Ciro Gomes suspendeu candidatura por conta da posição dos deputados

Jair Bolsonaro e Arthur Lira (Foto: Redes sociais)Créditos: Reprodução/Instagram
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Um acordo com o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) foi determinante para que parte significativa da bancada do PDT aprovasse em primeira votação na madrugada desta quinta-feira (4) a PEC dos Precatórios. O PDT deu 15 votos a favor enquanto apenas seis de seus deputados votaram contra.

O texto principal da PEC foi aprovado em primeiro turno com 312 votos a favor, apenas quatro a mais que o mínimo necessário, que são 308 adesões.

Lira prometeu ao PDT que irá colocar para votar um projeto de lei que destina aos professores 60% do que a categoria tem direito dessas dívidas dos precatórios, mas que será escalonada em três anos.

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Dois parlamentares do PDT bateram boca na saída do plenário, cena testemunhada pelo GLOBO. Paulo Ramos (RJ), que foi contrário à PEC, gritou com André Figueiredo (CE), ex-líder do partido, que votou a favor da PEC.

“Que vergonha”, berrava Ramos para Figueiredo, que respondeu: “ah, tá certo. Você que é puxadinho da esquerda”.

Ramos disse ainda: “quero ver agora o Ciro Gomes defender isso (a aprovação da PEC) na campanha, no palanque”.