Acuado, Bolsonaro acaba com fase “paz e amor” e resgata gabinete do ódio

Debaixo de uma saraivada de críticas por conta da inoperância com relação à crise do coronavírus, o presidente volta a atacar nas redes e na porta do Alvorada

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Debaixo de uma saraivada de críticas por conta da inoperância com relação à crise do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recolocou em uso o "gabinete do ódio".

Os alvos do grupo, que teria como chefe informal o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), têm sido, entre outros, o jornalista William Bonner, o casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica, e o youtuber Felipe Neto.

O palanque para os ataques de Bolsonaro continua armado na saída do Palácio da Alvorada, além de ter criado um canal de divulgação de informações no Telegram.

De acordo com informações do UOL, Bolsonaro reuniu subordinados logo após a folga do réveillon e decidiu realizar mudanças em sua estratégia de comunicação pessoal. Em sua avaliação, ele está em desvantagem no "jogo da opinião pública" e está "apanhando muito", conforme relataram auxiliares ouvidos pela reportagem.

O atraso na aplicação das vacinas contra o coronavírus e a crise de Manaus, onde pacientes morreram por falta de oxigênio, colocaram Bolsonaro nas cordas.

Além disso, o presidente considera, de acordo com o seu julgamento pessoal, que há um movimento de "censura" no sentido de calar vozes conservadoras. Isso teria se acentuado depois que vários sites como Twitter e YouTube anunciaram o banimento das contas do presidente americano Donald Trump.

Com o governo acuado e debaixo de críticas, chega ao fim a fase “Bolsonaro paz e amor” adotada nos últimos meses para tentar se aproximar do centrão para recompor sua base no Congresso.

Com informações do UOL