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As pretensões do deputado Arthur Lira (AL), líder do PP, de ser o próximo presidente da Câmara, esbarraram em uma denúncia de sua ex-esposa. De acordo com reportagem da Veja, Lira, réu em dois processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), é acusado de ocultar patrimônio de R$ 40 milhões, construído através de propina, segundo a ex-esposa.
Para tentar a reeleição em 2018, o deputado, líder do centrão, declarou à Justiça eleitoral bens no valor de R$ 1,7 milhão. Jullyene Lins cobra R$ 600 mil em pensão do ex-marido. Lira lidera o centrão na Câmara e era cotado para suceder Maia no comando da casa.
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Jullyene Lins revelou à Veja que o ex-marido recebia dinheiro em malotes, desde que era deputada estadual. “Ele fez muitos rolos. Começou na Assembleia Legislativa. Nessa época, o dinheiro chegava lá em casa em malotes. De onde vem essa certeza? Eu contava, eu conferia, eu lacrava. Eu distribuía para vereadores quando era na campanha. Ele mandava: ‘Faça tantos envelopes de tanto, de tal valor’. Chegava malote com R$ 30 mil, R$ 500 mil e até R$ 1 milhão. Notas de 50 e de 100”, detalhou.
Porcentagem
Segundo a ex-esposa, Lira comprava imóveis, fazia aplicações financeiras e gastava com carros. “Depois, no governo do PT, já como deputado federal, ele conseguia muitas verbas do Ministério da Saúde para Alagoas e ficava com uma porcentagem. Tudo começou com desvios na Assembleia Legislativa, passou pela Lava Jato e não parou até hoje”, acrescentou.
Com informações do Congresso em Foco