Adriano da Nóbrega repassou R$ 400 mil para Queiroz, diz MP

Segundo informações do Ministério Público, o montante estaria relacionado com o esquema das rachadinhas

Adriano da Nóbrega, Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Reprodução)
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O ex-capitão do Bope e miliciano Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro desse ano, mantinha intensas transações financeiras com o policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro. Queiroz foi preso na quinta-feira (18).

Segundo o Ministério Público, o chefe do Escritório do Crime repassou para Queiroz mais de R$ 400 mil. A mãe e a ex-mulher de Adriano são apontadas como uma das funcionárias fantasmas que faziam parte do esquema de rachadinhas montado por Queiroz no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Reportagem de Flávio Costa, do Uol, aponta que, do montante, ao menos R$ 69,5 mil foram repassados para o ex-assessor por meio de restaurantes administrados pelo miliciano e familiares.

"Há registros bancários de Fabrício José Carlos de Queiroz que indicam que o Restaurante e Pizzaria Rio Cap Ltda (administrado por Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano) e o Restaurante e Pizzaria Tatyara (administrado por Adriano Magalhães da Nóbrega) transferiram R$ 69,5 mil para sua conta mediante cheque e TED (Transferência Eletrônica Disponível)", diz trecho do decreto de prisão preventiva de Queiroz expedido pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau.

Segundo informações do MP, a mãe de Adriano realizou 17 depósitos de R$ 91.796 na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que assumiu a defesa de Queiroz é o mesmo que atuou para Adriano. O ex-assessor foi preso na manhã da quinta-feira (18) pela Polícia Civil em uma chácara em Atibaia, no interior de São Paulo.

O imóvel pertence a Frederick Wassef, que é advogado do senador Flávio Bolsonaro e também do presidente, no caso Adélio Bispo. Policiais e promotores relataram que Queiroz era mantido em esquema de proteção no imóvel, pois já se imaginava que ele poderia ser preso.

Com informações do Uol