Advogado de Bolsonaro vai dizer que apanhava da esposa para se livrar de lei Maria da Penha

O objetivo é tentar ser absolvido no processo em que é réu por bater na ex-mulher Élida Souza

Foto: Roberto Jayme| Ascom| TSE
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O advogado de Jair Bolsonaro e futuro secretário-geral do Aliança pelo Brasil, Admar Gonzaga Neto, que também foi ministro do TSE, pretende dizer que apanhava da ex-mulher Élida Souza, como estratégia para se livrar de acusação de agressão. Gonzaga tem dito a interlocutores que apresentará uma nova testemunha capaz de dar uma reviravolta no caso: uma antiga amiga de Élida que, segundo ele, contará em depoimento que, durante anos, foi ele a vítima da ex-mulher. Essa tal amiga dirá que presenciou cenas de violência física de Élida e Gonzaga, em que ela batia nele. Admar Gonzaga Neto é advogado de Bolsonaro na disputa com o seu partido, o PSL. Ele se tornou réu por lesão corporal contra sua ex-mulher. A decisão foi tomada em junho pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Gonzaga Neto foi acusado pela esposa, Élida Souza, de agressão, em junho de 2017, quando era ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Ela registrou boletim de ocorrência em uma delegacia de Brasília. Em decorrência da acusação, em abril deste ano Admar Gonzaga comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que desistiu de ser reconduzido ao cargo no TSE por mais dois anos. Com a sua saída, o ministro Celso de Mello decidiu enviar seu processo para a primeira instância, no TJDFT, já que Gonzaga perdeu o foro privilegiado. Meu peixe Admar já advogou para o Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), garantindo na Justiça o direito do filho do presidente de concorrer ao cargo de vereador no início de carreira, aos 17 anos – em 2000, Carlos tornou-se o mais jovem vereador da história do Brasil. O próprio Jair Bolsonaro já chamou Admar de “meu peixe” perante interlocutores. Com informações da coluna de Guilherme Amado