AGU recorre e diz que fala de Bolsonaro sobre fraude nas eleições de 2018 foi "ato informal"

Presidente já disse diversas vezes que tem provas de que foi eleito em primeiro turno. Justiça havia cobrado explicações

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A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu contra o pedido da Justiça Federal de São Paulo para que o presidente Jair Bolsonaro explique as supostas fraudes nas eleições de 2018 que ele afirma ter sido vítima. O mandatário já afirmou diversas vezes que tem provas de que foi eleito em primeiro turno.

Segundo a AGU, no entanto, as declarações de Bolsonaro não devem ser entendidas como um "ato formal" e afirma que o presidente apenas cobra um "aperfeiçoamento" das eleições.

"Uma manifestação pessoal do presidente expressada de maneira completamente informal não pode ser tomada como um ato formal, muito menos se pode dela extrair qualquer tipo dano aos direitos antes indicados", afirmou a AGU.

"Não é nenhum segredo a opinião pessoal do presidente da República no sentido de que é cabível sim algum aperfeiçoamento ao sistema de votação por meio das urnas eletrônicas", completou.

De acordo com a revista Época, o pedido da AGU foi apresentado a uma ação movida pelo Livres, movimento de renovação política de dissidentes do PSL.

A solicitação, por sua vez, veio como reação à determinação da Justiça Federal de São Paulo para que o Planalto explique as declarações do presidente.