Alckmin sobre volta da CPMF: "candidato da bala deu o primeiro tiro... no pobre"

Em caminhada no centro de Guarulhos nesta quinta-feira (20), o tucano criticou a proposta da volta da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), defendida por Paulo Guedes, assessor econômico de Bolsonaro

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência (Arquivo/Fórum)
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Emperrado nas pesquisas eleitorais, o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, retomou com força os ataques à Jair Bolsonaro, do PSL. Em caminhada no centro de Guarulhos nesta quinta-feira (20), o tucano criticou a proposta da volta da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), defendida por Paulo Guedes, assessor econômico de Bolsonaro. "O candidato da bala deu o primeiro tiro. Deu tiro nos mais pobres, no contribuinte, na economia. Isso faz o mais rico deslocar o dinheiro para fora e não ajuda a economia", afirmou o tucano. Guedes foi repreendido por Bolsonaro após defender a volta de um imposto nos moldes da CPMF. O perfil do candidato do PSL no Twitter chegou a reiterar, nesta quarta-feira (19), o compromisso com a redução da carga tributária para minimizar os efeitos das declarações. Imposto de Renda O guru econômico de Bolsonaro defendeu ainda a criação de uma alíquota única de Imposto de Renda - de 20% - para pessoas físicas e jurídicas, que incidiria também sobre a distribuição de lucros e dividendos. A proposta tem sido alvo de críticas dos adversários por aumentar a carga tributária para os mais pobres e favorecer os ricos. Com a proposta, pessoas que têm renda mensal de R$ 954 e são isentas do imposto atualmente, pagariam R$ 190,80 em um eventual governo Bolsonaro. Já os mais ricos seriam beneficiados. Quem tem uma renda mensal de R$ 30 mil reais paga hoje R$ 7.380,64 de IR. Esse valor cairia para R$ 1.380,64 com a economia sob a tutela de Guedes.