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O pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, está sondando a possibilidade de Flavio Rocha, dono da Riachuelo, ser seu vice, informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. O tucano teria dito que Rocha tem duas características que sua chapa precisa: ele é empresário e do nordeste.
Dono da Riachuelo, um dos apoiadores do golpe contra a presidente Dilma Rousseff, Flavio Rocha é evangélico e acredita que a Lava Jato é uma "benção" para o país. No entanto, o empresário doou R$ 585 mil para políticos nas quatro últimas eleições acusados de corrupção. Entre eles, o Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), preso em 2017 na operação Sepsis, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), alvo de operação que apurou desvio por meio de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa e também citado por delatores da Odebrecht e da JBS, tendo recebido R$ 100 mil da empreiteira e R$ 10 milhões do frigorífico.
Rocha já foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte, entre 1987 e 1995, pelo PFL. Em 2017, o Movimento Brasil Livre (MBL) cogitou apoiar seu nome para o governo de São Paulo em 2018. No fim de março, seu partido atual, o PRB, anunciou a pré-candidatura de Rocha à presidência da República. O PRB é o partido da Igreja Universal e da Record. Com o convite a Rocha, Alckmin busca o apoio de Edir Macedo e seus tentáculos.
Recentemente, no 8 de Março, a Riachuelo foi alvo de um protesto da Marcha Mundial das Mulheres. As ativistas denunciaram que a Riachuelo é alvo de mais de 2 mil ações trabalhistas, que vão de condições precárias de trabalho ao trabalho análogo à escravidão.
Fernanda Montenegro e Fernanda Torres se recusaram a fazer uma campanha de dia das mães para a empresa por causa de Flávio Rocha.